Internacionalismo classista

A estratégia pela integração latino-americana e caribenha não é una formulação nova é utilizada, inclusive, em cada tempo e condição histórica, mas seu propósito remonta a séculos. 

Pensadores e lutadores como Bolívar e Martí foram um dos vértices motrizes da luta pela constituição de Nossa América. As recentes conquistas neste sentido através da Alba, Unasul e a Celac advém deste legado histórico.

Nesta disputa política o sindicalismo, principalmente das correntes classistas, não ficaram a margem, ao contrário, laboraram, protagonizaram lutas e articulações. Foram e continuam, até hoje, promovendo ações sindicais que buscam, através da unidade da classe trabalhadora de nossa região, assegurar seus direitos, sua emancipação e disputar os rumos para uma integração soberana, solidaria, complementar e que valorize o trabalho.

Como resposta a esta trajetória de esforços, acumulação e de nova realidade política e econômica regional nasceu o ESNA (Encontro Sindical Nossa América). Essa articulação política-sindical tem crescido – já realizou seis encontros – elevando o debate e as ações unitárias sindicais e sociais na região latino-americana e caribenha valorizando a pauta trabalhista e disputando os rumos dos novos processos mudancistas e progressistas de nossa região.

No 6° ESNA em Havana, em maio deste ano, no marco das resoluções adotadas foi aprovado que os 1º´s de agosto se constituíram no Dia de Ação Continental, data alusiva às origens de Nossa América – Mãe Terra*. Para este ano os temas são em defesa da Revolução Bolivariana e a luta pela paz na Colômbia. E em função de nova ofensiva de Israel contra o povo palestino, agregamos a luta pelo apoio ao povo palestino.

Nessa perspectiva, a CTB como membro da coordenação do ESNA, reitera que sindicalismo classista brasileiro, participantes e amigos do ESNA, liderem essas agendas que promovem nossa jornada de solidariedade internacionalista classista. Portanto, total apoio a luta revolucionário do povo venezuelano, do povo colombiano pela paz e a defesa do direito do palestino ao seu território próprio.

*Dia da Pacha-Mama em alusão a Mãe Terra, símbolo dos povos indígenas, da nação originária, de Nossa América.

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