O desafio de reconstruir

Quando decidi assumir o comando da Secretaria de Agricultura do estado do Amazonas (SEPROR) o que mais me preocupava não eram as reiteradas manifestações de amigos que apelavam para que eu continuasse no parlamento. O que efetivamente me “tirava o sono” e

Além da própria SEPROR, foram extintos ou destruídos: CEASA, CEPA (Comissão Estadual de Planejamento Agrícola), CODEAGRO, EMADE, FRIGOMASA, ICOTI, IERAM e ITERAM. Alguns já foram reconstruídos no atual governo, mas levarão o necessário tempo para cumprir o papel que um dia já desempenharam.


 


A conseqüência disso foi um estado sem instrumentos para planejar e desaparelhado para solucionar problemas de ordem fundiária, de educação rural, de escoamento da produção, de recuperação de vicinais e sem instrumentos para interiorizar a economia amazonense. E um conjunto de servidores sem um plano de cargos, carreira e salário compatíveis com a importância do trabalho que exercem.


 


O fim da EMADE (o projeto de dendê em Tefé) fez com que o Amazonas não tenha um único projeto de dendê em pleno funcionamento, apesar das excepcionais condições climáticas que possui para esta cultura. Hoje, quando o mundo clama por “energia limpa”, nós poderíamos ser os grandes produtores de biodiesel, mas teremos que fazer um esforço gigantesco para nos inserir nesse mercado.


 


Aceitei o desafio porque tenho consciência que a nossa equipe pode colaborar na reconstrução desse setor. Ademais o meu desafio é relativamente pequeno se nós tivermos presente que esse desmonte não ocorreu apenas no setor primário. Nos governos de Amazonino foram igualmente extintos ou privatizados: SEPLAN, BEA, COSAMA, CEAM, CODEAMA, DERAM, IPLAM e PORTO. Sem mencionar a licitação que entregava o transporte e a exploração de nosso gás a uma empresa americana e a tentativa de dividir o próprio estado do Amazonas.

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