O Hezbolá acabou?

Na década de 60, o pequeno Vietnã foi diariamente bombardeado pelo invasor americano. Os ataques eram brutais e selvagens. Durante anos, pacatos vilarejos foram impiedosamente dizimados; crianças e velhos indefesos foram queimados vivos e a estrutura logí

Na década de 60, o pequeno Vietnã foi diariamente bombardeado pelo invasor americano. Os ataques eram brutais e selvagens. Durante anos, pacatos vilarejos foram impiedosamente dizimados; crianças e velhos indefesos foram queimados vivos e a estrutura logística do país foi literalmente destruída. Mas o mundo nunca esqueceu as imagens dos americanos fugindo em debandada de Saigon, então capital do Vietnã.


 



Após quase uma década de ocupação do Afeganistão, em tese para exterminar os combatentes da Al-Qaeda de Osama Bin Laden, os Estados Unidos não conseguem controlar além da capital Cabul.


 



Em março de 2003 tropas americanas invadiram o Iraque para se apropriarem de suas reservas de petróleo. Dias depois, George Bush, ex-funcionário das petrolíferas americanas, anunciava solenemente a “vitória final” da ocupação do Iraque. Três anos depois a “vitória” se transformou em pesadelo e Bush busca, desesperadamente, uma saída honrosa para mais esta humilhante derrota das tropas americanas.


 



Dias atrás o mandatário israelense ordenou o bombardeio e a ocupação do Líbano anunciando que iria exterminar o Hezbolá. Alguns dias depois ele anunciou “o extermínio quase total” dos insurgentes libaneses. Nesse mesmo dia o “moribundo” Hezbolá lançou mais de 200 foguetes sobre Israel. Finalmente, um mês depois, um derrotado Israel começa a voltar pra casa.


 



O que explica a derrota de tropas bem equipadas, apoiadas numa extraordinária estrutura logística, contra guerrilheiros em enorme desvantagem bélica?


 



A história nos ensina que sem o apoio da população nativa nenhum exército invasor logrará êxito.



Daí porque, talvez, a explicação mais racional a este questionamento tenha sido dada pelo General Giap. Segundo o herói Vietnamita, que comandou a resistência contra os americanos, “nenhum povo será derrotado a não ser que aceite a própria derrota”.

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