O ilimitado masoquismo petista

Deixar o cavalo selado passar mais uma vez e não montar é muita incompetência ou na melhor das hipóteses masoquismo. Assim está agindo o Partido dos Trabalhadores que há uma década vem sendo massacrado impiedosamente pela velha mídia conservadora, venal e golpista, e mesmo assim não sabe ou não quer aproveitar as oportunidades de ouro para desmascarar a sua algoz.

Até as pedras de Cococi sabem que o julgamento da Ação Penal 470, chamada pelos colonistas de mensalão, foi todo guiado pela velha mídia. Julgamento sumário, de exceção, verdadeira inquisição em pleno século XXI. Não se trata aqui de querer inocentar os condenados, mas não dá para esconder que todo o julgamento foi uma excrescência jurídica.

Além de penas muito pesadas, alguns foram condenados sem nenhuma prova documental.
Não se busca aqui nenhuma revanche, mas tão somente mostrar o quão maléfica é essa mídia, historicamente. Em troca de 30 moedas da Standard Oil, posicionou-se contra a campanha do Petróleo é Nosso na década de 1950; na mesma década levou o presidente Getúlio Vargas ao suicídio; em 1961 fez coro com os miliares golpistas contra a posse do vice-presidente João Goulart com a renúncia de Jânio Quadros; três anos depois preparou e apoiou o golpe militar de 1º de abril e respaldou os 21 anos da ditadura militar; em 1989 ajudou a eleger Fernando Collor de Mello; e 1994 e 1998 elegeu o outro Fernando, o Coisa Ruim.

Nos oito anos do governo Lula e nos dois de Dilma Rousseff essa velha mídia não deu tréguas, e em 1995 tentou um golpe de Estado contra Lula. Tudo baseado em mentiras. Agora, quando está mais que provado que setores dessa mídia está envolvida até a medula com o crime organizado, o PT perde uma oportunidade de ouro de desmoralizar essa gente. A CPMI do Cachoeira mostrou ao Brasil que o envolvimento de cinco jornalistas, em especial o diretor da sucursal de Veja em Brasília, Policarpo Júnior, de há muito agia em conluio e a serviço do contraventor Carlinhos Cachoeira.

O deputado petista Odair Cunha, relator da CPMI, produziu um relatório baseado em provas documentais e testemunhais, mas não resistiu à pressão da velha mídia e, pasmem, da direção do próprio partido, começando pelo presidente Rui Falcão. O relator pedia o indiciamento dos cinco maus jornalistas e a investigação do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pelo Conselho Nacional do Ministério Público, mas acabou se acovardando e jogando fora mais de 300 páginas do relatório que mostravam o envolvimento de todos eles com a organização criminosa de Cachoeira.

O relatório será lido na tarde de hoje e o deputado Odair Cunha poderá dar o grito de libertação, se recuperar perante o seu eleitorado e a própria militância petista, respeitar os cabelos brancos do seu colega do Paraná Dr. Rosinha e mostrar toda a verdade à Nação. Caso contrário estará condenado a perder o mandato em 2014 e entrar no rol dos covardes.
Uma vergonha!

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