Oráculo: Tamu ai, fazendo história

Salve, salve guerreiros e guerreiras do meu Brasil! Como Como diz Mano Browm: ''Deixa eu fala pro ce. Tudo mudou, tudo é fase irmão, logo nóis vamo arrebentar no mundão!''

Vamo sim viu? Vamo arrebentar a boca do balão, ce tá com medo, porque tá lendo?


 


É isso memo nego! Se tem coragem, segue a leitura…


 


Esses dias atrás invadimos Campos do Jordão e fizemos lá no playground dos boy uma atividade chamada Café Literário. Oi, vai vendo, piq lord, com lançamento de livro, debate, durante a Bienal de Ciência Cultura e Arte.


 


O tema do bang foi educação é meu canhão! O debate foi com o Ridson que lançou por lá seu livro Notícias Jugulares, Shetara que é o primeiro mano do hip-hop a escrever um livro – A Nação Hip-Hop e Toni C. organizador do livro Hip-Hop a Lápis. Debate de elite sobre a literatura e a importância da cultura hip-hop para educação e a transformação social.


 


Esses três escritores do hip-hop estavam pela primeira vez juntos em uma mesa, falando dos livros e as perspectivas que a literatura pode trazer para dentro da periferia como contribuição educacional.


 


Esse encontro histórico foi mediado pelo rapper Aliado G, teve apresentação da dança do grupo do Teoria Break e a exposição do grafitero Ninguém Dorme, com apresentação do evento Mano Oxi do grupo DNA que veio diretamente do Rio Grande do Sul para esta atividade.


 


É isso mesmo, daqui a cem anos quando se falar da literatura do século 21, pesquisadores e historiadores vão saber que se juntou três manos da periferia, militantes do movimento hip-hop, que são escritores, não estão na mídia, mais são escritores de alto nível, que conseguem levar a literatura e a leitura para dentro da periferia através da linguagem de rua.


 


A pegada, os temas e a abordagem desses livros atraem os jovem à literatura, porque o jovem periférico se identifica com o que esta escrito. Muitos ali já vivenciaram aquelas estórias que estão lendo, isso é a arte e a educação e se não há este mesmo interesse pela leitura nas escolas por que será?


 


Os manos estão virando escritores, como assim, que porra é essa?


 


Mano a dez anos atrás isso não existia, as coisas estão mudando, estamos escrevendo a nossa própia história, não deixando mais ser escrita por outras pessoas.


 


Este debate é um capitulo desta história, que outros também estão escrevendo como Sérgio Vaz, Ferréz, Alessandro Buzzo, Sacolinha a Dinha, não fazem por ibope, fazem porque gostam e é necessário para construção social através da literatura produzida dentro da periferia. Acreditamos nisso e vamos produzir muito mais, vamos colocar mais nossa opinião em todos os lugares, queremos discutir sim, queremos debater sim, agora quero até a sua alma. Ce tá com medo porque tá lendo, o moleque da favela não tem, vocë tem?


 


''Tem gente que fala pra mim falar de coisa boa, mais não da mais, pra nadar lá na lagoa''. (Banda Maloca)


 


Você tem a liberdade de escrever o que bem entender, não estou querendo padronizar nada, pelo contrário temos que ser livres, é exatamente isso, queremos ser livres e para isso acontecer precisamos escrever coisas que contribuam para essa liberdade.


 


Queria dizer o seguinte, estamos fazendo história com a nossa cara, e vamos continuar a fazendo muito mais, foi muito loco esse dia, esse dia foi importante demais para a Nação Hip-Hop Brasil, que chama esse tema , coloca a discussão e anima cada vez mais todos os jovens ali que se faziam presentes.


 


Nada é impossível, basta querer, vamo botar pra quebra, sem massagem, que nem diz o mano Maguila: ''É pau no gato nego!''


 


Fica um abraço a todos os amigos e amigas!


 


Oráculo: Dirigente Nacional da Nação Hip-Hop Brasil, skatista, produtor e MC da Maloca.


msn [email protected]


Músicas para baixar:


www.bandasdegaragem.com.br/maloca


www.bandasdearagem.com.br/manooraculo


www.bandasdegaragem.com.br/maloca


www.bandasdegaragem.com.br/manooraculo


 

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