Plebiscito Nacional Popular 2025: a mobilização popular é a chave da vitória

Consulta nacional propõe redução da jornada, isenção do IR até R$ 5 mil e taxação dos super-ricos, apostando na mobilização popular para pressionar o Congresso.

Foto: Bruno Santos/MST

O Plebiscito Nacional Popular 2025 representa um momento importante para os movimentos sociais e suas bandeiras, funcionando como uma oportunidade para romper com a apatia e retomar a mobilização, disputando ideias junto à sociedade. A luta por justiça social e pela ampliação da participação democrática no Brasil torna-se uma ferramenta essencial para expor as contradições do campo conservador na atual conjuntura. O plebiscito permite que a população expresse sua opinião sobre temas fundamentais, servindo como um instrumento de pressão sobre o Congresso Nacional, apoiando o governo nas disputas políticas. Nesse contexto, questões como a redução da jornada de trabalho sem redução salarial, o fim da escala 6×1, a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5.000 e a taxação dos super-ricos estão em debate, promovendo reflexões essenciais sobre o tipo de sociedade que queremos construir.

Os plebiscitos podem ser utilizados para medir o apoio popular a propostas que impactam diretamente a vida da sociedade. No caso do plebiscito de 2025, movimentos sociais, sindicatos e frentes populares coordenam a iniciativa, buscando mobilizar trabalhadores e demais setores historicamente excluídos. A votação ocorrerá de forma presencial e digital, garantindo acessibilidade e alcance nacional. Essa modalidade híbrida reflete a necessidade de adaptação às novas tecnologias, ampliando a participação e tornando o processo democrático mais inclusivo.

Um dos temas centrais do plebiscito é a redução da jornada de trabalho e o fim da escala 6×1. O modelo vigente, que impõe seis dias consecutivos de trabalho para apenas um de descanso, tem sido amplamente criticado por seus impactos negativos na saúde e no bem-estar dos trabalhadores. Pesquisas indicam que jornadas excessivas contribuem para o aumento do estresse, a exaustão física e a queda na produtividade. A proposta busca equilibrar melhor o tempo entre trabalho e descanso, possibilitando aos trabalhadores uma vida que vá além do trabalho. Além disso, uma eventual redução da carga horária pode estimular a geração de empregos, já que as empresas precisariam contratar mais funcionários para suprir as demandas produtivas.

Outro aspecto relevante do plebiscito refere-se à reforma tributária, especialmente à isenção do imposto de renda para quem recebe até R$ 5.000 e à taxação dos super-ricos. Atualmente, trabalhadores que recebem mais de R$ 2.112 mensais já são tributados, enquanto grandes fortunas frequentemente contam com benefícios fiscais e isenções. A proposta busca aliviar a carga tributária sobre os mais pobres, ao mesmo tempo que exige maior contribuição dos que recebem acima de R$ 50.000 mensais. Modelos semelhantes foram adotados em diversos países, resultando em maior equilíbrio social e recursos adicionais para áreas como saúde e educação. No entanto, a resistência de setores empresariais e do mercado financeiro pode dificultar a implementação da medida.

A mobilização popular desempenha papel fundamental nesse processo. Para que as propostas do plebiscito sejam levadas ao Congresso com peso político, é essencial que haja grande adesão e debate público sobre os temas. Movimentos sociais e entidades de classe estão organizando mutirões e campanhas de conscientização, garantindo que trabalhadores e cidadãos em geral compreendam os impactos das decisões em jogo. A imprensa alternativa (blogs, canais no YouTube – como A Questão Política (https://www.youtube.com/@Aquestaopolitica) –, colunas de opinião, entre outros) também desempenha papel estratégico na divulgação da consulta, ampliando o alcance das discussões e estimulando reflexões sobre justiça social no país.

Diante desse cenário, o plebiscito de 2025 surge como um marco na luta política da esquerda, representando o retorno a uma postura de enfrentamento, mobilização e construção de alternativas vinculadas a um projeto contrário ao capitalismo. Se as propostas forem aprovadas e ganharem força no debate legislativo, podem representar avanços significativos para a classe trabalhadora e para o sistema tributário brasileiro. O envolvimento da sociedade nesse processo será determinante para o sucesso das propostas votadas, reforçando o papel do plebiscito como um instrumento legítimo de mobilização e pressão popular.

Mas não é só isso. O plebiscito representa um contraponto à democracia liberal, que se restringe às eleições. Ele pode ser um passo em direção a uma nova forma de democracia, baseada na participação política direta, na conscientização e na organização popular.

Portanto, a participação ativa de todos os setores da esquerda – partidos, movimentos sociais, intelectualidade, enfim, todos – é essencial para a mobilização e o êxito nesse processo. O plebiscito pode ser uma ferramenta para reconectar a esquerda com o povo, dando voz aos excluídos e ampliando a consciência coletiva sobre a importância da organização política. Este é um momento de ação e engajamento, no qual o militante pode contribuir para a rearticulação da esquerda com a sociedade. A mobilização popular é a chave para transformar ideias em conquistas concretas, fortalecendo a democracia e promovendo mudanças estruturais na sociedade.

No canal do Youtube “A questão Política” aprofundo mais esse e outros temas que dizem respeito à política. Convido a todas e todos para acompanharem o canal. (https://www.youtube.com/@Aquestaopolitica).

As opiniões expostas neste artigo não refletem necessariamente a opinião do Portal Vermelho
Autor