Redes sociais para quê?
Tudo bem que as redes sociais não são nem serão jamais o paraíso democrático que muitos acreditavam viessem a ser. Mas servem como bom meio de comunicação entre as pessoas, apesar de todas as imposições restritivas via algoritmos.
Publicado 16/01/2020 10:14 | Editado 16/01/2020 10:18
Eu as uso com bom proveito, embora tendo que fazer algumas concessões.
O Instagram, por exemplo, eu adotei como forma de divulgar minhas modestas fotos de paisagens e cenas urbanas e me deleitar com imagens produzidas por muitos dos melhores fotógrafos do mundo.
Fotos de natureza estritamente pessoal evitei o máximo que pude. Mas tive que ceder, pois meus seguidores desejam saber algo sobre o que ando fazendo e com quem estou neste ou naquele evento ou simplesmente durante a minha rotina diária de trabalho na Prefeitura ou no PCdoB. É muito frequente, ao final de uma audiência ou por ocasião de um ato público, alguém me solicitar uma foto e sugerir delicadamente que a publique.
Nada comprometedor e até prazeroso, pois expressa atenção e amizade.
O Facebook, que muitos dizem viver uma fase de relativa decadência, eu também frequento com perfil e página. No perfil em geral registro fatos e opiniões imediatas; e na página, artigos e vídeos e fotos que suponho possam despertar o interesse dos seguidores por um lapso de tempo mais dilatado.
No Twitter, registro opiniões em cima dos fatos e ponho links para o meu blog e para o meu canal no YouTube, ‘Luciano Siqueira opina’.
Nada profissional, tudo com considerável grau de improvisação — que termina virando uma mescla de trabalho político e diversão.
Se leio algo que imagino possa interessar a mais gente, transcrevo o texto ou ponho em meu blog um pequeno trecho, seguido do link correspondente.
O amadorismo também se reflete na ausência completa de qualquer indicador de desempenho — tanto para minhas contas no Instagram, Twitter e Facebook, como para minhas colunas semanais no Portal Vermelho, publicada às quintas feiras e no Blog de Jamildo , do Sistema Jornal do Commércio de Comunicação, onde escrevo toda quarta-feira, e mesmo para o meu modesto blog.
Ou seja, não disponho de dados estatísticos, embora “a olho nu“ possa registrar, através da comunicação digital, considerável ampliação das minhas relações pessoais e militantes.
Dizem que as redes artificializam o contato e distanciam as pessoas, mas no meu caso dá-se o contrário: pelas redes tenho ampliado incessantemente o diálogo “presencial”, olhos nos olhos. É assim, por exemplo, através do WhatsApp, onde alimento um bom número de listas de transmissão e participo (com limitação) de alguns grupos.
Com um detalhe: minha comunicação é direta, pessoal e intransferível. Amizade não se terceiriza.
Dá trabalho? De certo modo, sim. Muito. Mas além de prazeroso, permite produtivo diálogo com muita gente.