Sombras e Luzes

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Proletários de todos os países, uni-vos!
Karl Marx e Friedrich Engels

No conjunto do mundo, particularmente nos países menos desenvolvidos, a bandeira da luta pela liberdade e pela independência nacional, abandonada pela burguesia capitulacionista passará às mãos das forças progressistas que almejam transformações radicais da sociedade. Grandes países, como a Índia e o Brasil, apresentando formas inovadoras de passagem ao socialismo, poderão alcançar expressivas vitórias. Assim será o século XXI. Em seus começos, haverá sombras e luzes, mais sombras do que luzes. Depois, o quadro se inverterá. A humanidade viverá tempos de grandes esperanças.
João Amazonas

Por manhãs de sol e Socialismo.
UJS

Um espectro ronda a Humanidade, o Espectro do Comunismo. Todas as potências imperialistas unem-se numa Santa Aliança para conjurá-lo: Edir Macedo, Trump e Bolsonaro, desde  a direita mais rançosa à esquerda mais pós-modernosa. 

No entanto, estranhamente, 3 décadas após a Queda do Muro e o Fim do Comunismo, o Capitalismo é que vai mal das pernas, e nos convida, matreiramente, a curtirmos a barbárie. Enjoy it! A gente assiste, mas é conosco… E dói. Essa alienação  que se resume num sentimento de impotência, angústia e inação é o sequestro da vontade do oprimido, é a domesticação. A vida não está na caixa, e a verdade está lá fora.

Já o Socialismo, vai bem, obrigado. Não é que não haja problemas, a crise é universal. Contudo, nas provas da vida, no passado e no presente, o socialismo vive. Não se joga pedra em árvore que não dá fruto. Diante da crise da pandemia, é cristalina a diferença: quem está no socialismo tem muito menos chance de morrer e é muito melhor tratado que nos países capitalistas. Vá atrás dos dados da COVID. Ano que vem, a China terá uma taxa de crescimento que causará ondas positivas em toda a economia mundial. O “mercado” quer vender as vacinas, gente… A gente que lute.

O socialismo não é o problema, mas a solução para o mundo e para o Brasil. A vitória do capitalismo com o fim da URSS está na raiz do momento com o qual a Humanidade se defronta hoje, a encruzilhada histórica: socialismo ou morte. O capitalismo teria vencido, só que não. Afinal, no Dia Seguinte, já ficou claro que o capitalismo só assegura o crescimento do capital, não está habilitado a gerir racionalmente ou “alocar recursos” com vistas ao futuro da vida humana na Terra, pois precipita o colapso, não o evita. Lembro que nas reflexões de Fidel, sempre estava a advertência sobre a necessidade de lutar pela sobrevivência da humanidade. Crescentes são as evidências científicas e os trágicos episódios em que o consumismo desenfreado e irracional, a concentração de renda de uma nova sociedade de castas e o parasitismo do rentismo, a jogatina financeira, nos levam em meio a guerras pela tortuosa estrada da barbárie nossa de cada dia. 

Cara, a vida tá triste demais. Nós podemos sonhar, nós podemos lutar, nós temos o dever de mudar essa realidade que nos envergonha, entristece, ameaça nossas vidas e dos nossos amores… é preciso manter levantada a bandeira da foice e martelo, porque é a nossa aspiração mais fundamental de igualdade, liberdade e trabalho como realização mesma da emancipação humana. Nada é mais atual.

Assim, antes de tudo, é preciso ver para onde vão os ventos. E o Socialismo é necessidade histórica, não mero ato de vontade, embora não possa dela ser separado, porque é exatamente o Partido Comunista, o Príncipe Moderno, a vontade coletiva que pode assegurar à Humanidade um futuro num regime novo, atual que integre economia mista e ampla democracia. 

O mercado, sob o imperialismo,  é, em verdade, monopólio. Irracional, não leva em conta os múltiplos aspectos envolvidos na vida. Vige plenamente aquela esperança do socialismo, tão bem descrita por Abreu e Lima, em 1855: “Em que consiste o Socialismo? Na Tendência do gênero humano para tornar-se ou formar uma só e imensa família.” A humanidade é cada vez mais uma só, e as consequências nos atingem a todos e a todas, é exatamente essa possibilidade que coloca o socialismo ainda em seu nascedouro como experiência humana, mas imprescindível para descortinar um futuro de paz, festa, trabalho e pão. Os 1% que concentram mais riqueza que os demais 99% da população da Terra tem seu roteiro funesto, e a nós não cabe outra opção que não seja a Resistência, porque sobreviver é resistir. 

Há tanto a reconstruir, tantas vidas a salvar. É tão bonito o povo em movimento. Nós não apenas sobrevivemos, mas havemos de ver a viragem da onda. É isso que eu sinto quando eu penso em Manuela e na minha geração. Preparemo-nos!

Não podemos abrir mão jamais do sonho, da responsabilidade, porque essa é a condição própria da vanguarda.

Nós apenas começamos.

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