Tempos difíceis: ter um ministro mal-educado e inimigo da educação

Quando Bolsonaro assumiu, todos sabíamos que seria um governo de extrema direita, o que ninguém imaginava, é que veríamos um governo de idiotas e fanfarrões. Entre os folclóricos ministros, Abraham Weintraub talvez seja o que mais se destaca, conseguindo vencer o chanceler Ernesto Araújo e até mesmo Damares Alves.

O titular da pasta da educação surpreende pelo despreparo e incompetência. Basta ver seus inúmeros twites xingando pessoas e espalhando mentiras, postura nem um pouco condizente com o cargo que ocupa. Mais surpreendente que uma pessoa assim no ministério, é imaginar como esse sujeito é professor titular de uma renomada universidade federal, difícil de acreditar…

Não bastasse o já dito despreparo, Weintraub chega ao cúmulo de odiar a educação e os educadores, desmerecendo professores e todo o sistema público de ensino diuturnamente. Nem mesmo a memória de ícones da educação brasileira como Paulo Freire, Anísio Teixeira e Darcy Ribeiro foram poupados em seus discursos de ódio.

A novidade do mês foi a lunática acusação de que universidades federais tinham plantação de maconha. Além dessa história sem pé e nem cabeça não ser real, gerando inúmeros protestos de reitores e até mesmo da ANDIFES, é inimaginável um gestor ser capaz de desmerecer seu próprio produto, no caso a educação pública. Ao invés de mostrar tantos benefícios que as instituições de ensino superior têm trazido ao povo brasileiro, o ministro simplesmente se utiliza de mentiras e bravatas para desmerecer a “galinha dos ovos de ouro” do MEC.

Obviamente que não é só loucura que explica tais posturas. A incompetência e a servidão ao mercado, interessado na privatização da universidade pública também está por trás. Entretanto, se compararmos com outros ministros privatistas que por lá passaram, como Paulo Renato, guardião do período neoliberal de FHC, é destoante o despreparo de Weintraub.

Talvez ser incompetente seja um dos critérios para estar no governo Bolsonaro, mas o gestor da educação passa todos os limites. Diversos programas de governo simplesmente estão parados (ou quase) simplesmente porque a equipe técnica do MEC não sabe gerir a própria máquina, é surreal o que observamos e ouvimos pelos corredores de Brasília quando o assunto é o Ministério da Educação.

A indefinição de prioridades para a realização de políticas públicas talvez seja um bom exemplo disso. Temos 11 meses de governo e até agora não sabemos em quais prioridades o MEC vai agir. Somado a isso, a agenda ideológica agressiva que hoje dá linha no Ministério coloca em risco diversos programas, entre os quais a avaliação de livros didáticos e o diálogo para implantação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

Não contente com todo isso, toda semana o ministro se mete em confusões, mostrando cada vez mais sua inabilidade de gestão na pasta mais importante da nação. É lamentável um sujeito se preocupar mais em lacrar no twitter do que construir uma política educacional séria no país.
Se tem algo que ninguém pode negar é a capacidade de Bolsonaro juntar em seu governo tanta gente incapaz, se tem um título que teremos dificuldade de tirar das mãos do atual presidente é o título de mais ministros incompetentes nomeados na história da nação.

Tristes tempos onde a educação é gerida por um ministro simplesmente sem educação!

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