Viva a unidade da Fenattel

Os caminhos da unidade são difíceis e trabalhosos; percorrê-los é um desafio para quem dirige o movimento sindical.

No início, há apenas a vontade de organizar as reivindicações comuns dos trabalhadores, estabelecer pautas capazes de atrair o conjunto e dar voz a todos.

Em seguida, a unidade de ação. Seja na própria entidade, ou em um setor ou empresa determinados, seja com outras entidades, em mobilizações ou negociações. Nessa etapa, todo cuidado é pouco para não avançar demais, nem retroceder com preguiça.

Reconhecidos os parceiros e valorizados seus papéis, aumenta a consciência mútua, reforça-se o programa comum de reivindicações e de lutas, crescem as lideranças naturais. Chega o momento da unidade orgânica, em que os participantes têm tudo a ganhar com a organização comum unitária.

Foi este o caminho percorrido pela direção dos trabalhadores em telecomunicações para organizar o Congresso de Unificação e garantir a filiação de 22 sindicatos estaduais à Fenattel (Federação Nacional dos Trabalhadores em Telecomunicações) presidida por Almir Munhoz. Tenho orgulho de ter participado dele semana passada em Itupeva.

A nova Fenattel fortalecida com sindicatos pertencentes a centrais sindicais distintas (Força Sindical, CUT, UGT e CTB) e independentes configura um exemplo do poder criador da estratégia unitária: seu programa de lutas, suas reivindicações gerais e seu posicionamento público sobre os temas políticos da telecomunicação no Brasil encontrarão eco e serão multiplicados em cada uma das centrais sindicais a que aderem os filiados e repercutirão de maneira forte, na categoria, entre os trabalhadores e na sociedade.

Esta estratégia de unificação de baixo para cima reforça a estratégia de unidade de ação de cima para baixo que tem, com a pauta da CONCLAT no Pacaembu, garantido êxitos e avanços para o movimento sindical brasileiro.

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