Cúpula supera diferenças e  integração enérgica avança

Das diferenças de concepção em relação ao etanol que afloraram entre Brasil de um lado e Venezuela, Cuba de outro, a mídia e com certeza as teias invisíveis do imperialismo procuraram transformá-las em discórdia e, sobretudo, em obstáculos ao processo de integração sul-americano. Felizmente, tais maquinações tiveram resultado nulo. A 1ª Cúpula Energética Sul-Americana dirimiu as divergências e o etanol e demais biocombustíveis  foram reconhecidos pela primeira vez na cúpula da Comunidade Sul-Americana das Nações (CASA) como uma fonte viável e estratégica de energia para a América do Sul.


 


A Cúpula da CASA sobre integração enérgica foi assim um sucesso de comparecimento( à exceção do Uruguai, todos os demais países da América do Sul enviaram seus presidentes) e de resultados. Mais um passo concreto à integração foi realizado, desta vez no campo da energia.


 


Teve papel destacado para esse desfecho convergente a postura elevada e responsável de Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil e Hugo Chávez presidente da Venezuela. Ao longo da história latino-americana toda vez que seus países buscaram estabelecer laços de unidade e cooperação, o imperialismo semeou desavenças, exerceu pressões e chantagens, usou a força bruta, para impedir a concretização daquele sonho que acompanha gerações. Lula e Chávez demonstram com o acordo selado em Isla Margarita terem aprendido com a história. Divergências secundárias não podem comprometer a integração regional posto ser ela indispensável ao desenvolvimento de cada país e do conjunto da região.


 


 


Ademais, no mérito, os países da América do Sul só têm a ganhar com diversificação de suas matrizes enérgicas. Uma região rica de água, petróleo, gás, energia elétrica, agora, ganha mais força, com a dinamização de outra fonte de energia: os biocombustíveis. A riqueza energética específica de cada país forma uma rede capaz de suprir a demanda de desenvolvimento do conjunto.


 



 


A Venezuela é rica em petróleo o que é ótimo para seu povo e, também, para seus vizinhos. Da mesma forma é relevante que o Brasil tanto para seus interesses quanto para progresso da região, de modo sustentável, usufrua da imensidão de suas terras, da fartura de suas águas, da intensa energia solar, para produzir alimentos e biocombustíveis. Com controle e direcionamento, há terras o bastante para produzir uma coisa e outra.


 


 


É claro que essa nova riqueza, os biocombustíveis, é alvo da cobiça do imperialismo. O governo brasileiro é chamado a resguardar os interesses nacionais na sua produção e comercialização. Chama atenção, por exemplo, os grandes investimentos externos na compra de terras e de usinas. São imperativos regras e procedimentos que impeçam a desnacionalização.