Mobilização dos trabalhadores pelo desenvolvimento e distribuição de renda

É inegável que desde o primeiro governo Lula há uma melhoria da qualidade de vida das massas trabalhadoras. O crescimento […]

É inegável que desde o primeiro governo Lula há uma melhoria da qualidade de vida das massas trabalhadoras. O crescimento econômico ocorrido gerou postos de trabalho e isso associado a outras medidas elevou, também, o número de empregos formais. A histórica luta do movimento sindical pela elevação real do salário mínimo obteve vitórias iniciais. Programas como “Bolsa Família” dão respostas efetivas e emergenciais às grandes parcelas do povo que se encontram na miséria. A educação pública também avança o que descortina ganhos mais duradouros.


 


Contudo, dado às imensas demandas acumuladas em décadas e décadas de concentração de renda, de corte de direitos e de exclusão social as conquistas alcançadas estão muito aquém das necessidades das classes trabalhadoras. O crescimento econômico freado por uma conservadora política de juros de altos se deu a índices aquém das possibilidades e necessidades do país. Esse crescimento contido deixou de gerar o número de empregos necessários para absorver os milhões que anualmente se incorporam ao mercado de trabalho.


 


Além do desemprego, as condições de trabalho de milhões são aviltantes: longas jornadas, exclusão do sistema previdenciário, informalidade. Persiste, inclusive, o ultraje do trabalho escravo. A saúde pública contínua precária; em várias regiões do país é uma verdadeira vergonha nacional. Nessa situação, os que mais padecem são os trabalhadores e suas famílias.


 


Mesmo assim, como disse o  ministro do Trabalho Carlos Lupi, num ato desse Primeiro de Maio, setores do empresariado e sua representação política e midiática ainda pressionam por uma precarização ainda maior dos direitos trabalhistas. O exemplo patente disso é o esforço do conservadorismo para fazer valer a chamada ''emenda 3''.


 


Contra a vontade do poderoso círculo financeiro do país, Lula foi reeleito presidente da República. A base dessa vitória foi o povo, as massas trabalhadoras, especialmente, as parcelas mais pobres. A reeleição se efetivou sob o compromisso de o governo acelerar o desenvolvimento e ampliar a distribuição de renda.


 


O governo está com a faca e o queijo na mão. Tem amplo respaldo político no Congresso e largo apoio social. A oposição, momentaneamente, ainda se recupera da derrota sofrida. A situação econômica externa, apesar da instabilidade que a tem caracterizado, contínua favorável. De concreto, positivamente, foi o anunciado o PAC. Todavia, a metodologia adotada para se superar a política macroeconômica ortodoxa que impede a economia deslanchar ainda é lenta e marcada pela complacência.



 


Nesse cenário um fator que precisa entrar em cena é a ampla mobilização dos trabalhadores. Suas entidades, movimentos, centrais sindicais e partidos comprometidos com o povo trabalhador devem buscar os caminhos que levem à sua unidade e mobilização pelos direitos, pela distribuição de renda, valorização do trabalho e desenvolvimento acelerado.