O primeiro tema que o novo governo argentino, encabeçado pelo advogado Alberto Fernández, de 60 anos, precisará enfrentar é o da governabilidade – a situação interna, condicionada por uma dívida externa monumental e pelo crescimento constante da fome e da pobreza nos últimos quatro anos. Por isso, talvez, sua insistência na necessidade de um pacto social que, espera-se, crie condições para a decolagem, ao invés de ser causado pelo medo do que virá.
Por Aram Aharonian*
Eis um balanço do processo boliviano, por quem o viveu ao lado dos movimentos sociais. Os sucessos e os erros, em 13 anos de governo. A trama do golpe, pelas elites locais e Washington. O engano grosseiro dos que se omitiram. As possíveis lições para a esquerda
Por Boaventura de Sousa Santos
O país Uruguai está em 1º lugar na América Latina e em 18º no mundo como o mais amigável e seguro para as comunidades de lésbicas, gays, bissexuais e transgênero (LGBT), segundo pesquisa divulgada pela empresa Asher Fergusson – renomada especialista em viagens.
O presidente da Câmara dos Deputados da Bolívia, Sérgio Choque, denuncia o golpe de Estado que afastou o presidente Evo Morales “a partir da pressão dos setores ligados à direita, com a perseguição de dirigentes, queima de residências de deputados e senadores, e mais o sequestro de familiares”. Nesta entrevista exclusiva a Leonardo Wexell Severo*, de La Paz, Bolívia, Sérgio condena o assassinato de manifestantes, “cruelmente alvejados pelas balas do Exército”.
Ao lado de trabalhadores e universitários, os indígenas foram os protagonistas nesta quarta-feira (4) do terceiro dia de greve geral na Colômbia. As grandes paralisações nacionais protestam contra medidas econômicas e sociais do governo do presidente Iván Duque, no poder há 16 meses. Conforme pesquisa divulgada no mesmo dia, 70% dos colombianos reprovam a gestão do atual mandatário, e 74% concordam com os protestos.
Encontro com o governo, ao qual expressaram críticas por suas políticas sociais e econômicas, não deu resultados.
“Representante da Federação dos Trabalhadores Camponeses do Trópico de Cochabamba, Cacilda destacou que ‘nestes últimos 14 anos, graças ao irmão Evo, tivemos respeitados nossos direitos nos bancos, nas praças, em todos os locais’. Infelizmente, denunciou, ‘hoje já não nos deixam chegar a qualquer lugar, é indignante, ultrajante mesmo’”.
Por Leonardo Wexell Severo*, de Sakaba – Bolívia
Em um vídeo divulgado na na abertura da XXV “Conferência das Partes da Convenção-Quadro”, das Nações Unidas, sobre Mudanças Climáticas (CO25), realizada em Madri, capital da Espanha, o presidente chileno Sebastián Piñera falou sobre a situação do seu país, que assiste a um verdadeiro levante popular contra o neoliberalismo.
Luis Lacalle Pou falou basicamente sobre política externa e política econômica, um discurso repetido desde os anos 1970 pelos neoliberais, agora carreago de ameaças típicas da extrema direita.
O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, disse neste domingo (1º) que o ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, sofreu um golpe de Estado. Sob ataque das Forças Armadas e das elites bolivianas, Evo renunciou ao cargo e está exilado no México.
Os militares bolivianos forçaram o presidente Evo Morales a renunciar – esta é a definição clássica de golpe de Estado. Agora, o país está preso em uma espiral de horrores à medida que o regime de extrema-direita e do terror se consolida.
Por Gabriel Hetland, na Jacobin | Tradução, adaptação e seleção de trechos: José Carlos Ruy (Vermelho)
Em documento divulgado nesta segunda-feira (25), o Partido Comunista Colombiano (PCC) faz uma rica análise do momento político vivido pela Colômbia, fortemente impactado pelas mobilizações de massa desencadeadas a partir do dia 21 de novembro.