Durante muito tempo, as forças progressistas chilenas trataram a figura de Salvador Allende como um ícone. Ressaltavam suas qualidades pessoais e humanas, louvavam sua atitude heroica na ocasião do golpe de Estado de 11 de setembro de 1973, lembravam-se dele como o chefe de Estado que morreu com as armas em punho. Celebrações como essas, contudo, nublavam as ambições – e conquistas – do governo da União Popular (UP), uma coalizão que juntava de comunistas a sociais-democratas.
Nesta quarta-feira, 11 de setembro, completam-se 40 anos desde que o general Augusto Pinochet interrompeu, com um golpe de Estado, a experiência de governo popular que vinha sendo implantada por Salvador Allende. As falhas e deficiências que debilitaram o governo Allende são debatidas até hoje. Para a historiadora Elisa de Campos Borges, que pesquisou o processo em seu doutorado, as divergências internas da esquerda enfraqueceram o governo.
Por Vanessa Silva, do Portal Vermelho
No início da manhã de 11 de setembro de 1973, Salvador Allende ainda acreditava que o golpe de Estado em andamento poderia ser contornado. Não era a primeira vez que um grupo de militares se insurgia contra o governo. Agora, o levante havia começado pela Armada – e restava a esperança de que a revolta fosse reduzida a alguns navios no porto de Valparaíso.
Por Maurício Brum, especial para o Sul21
O antiterrorista cubano Ramón Labariño, condenado injustamente a 30 anos de prisão nos Estados Unidos, afirmou para a agência de notícias Prensa Latina que sacrificou tudo em prol da vida. “Isso dá uma enorme força de vontade e coragem contra todas as adversidades e adversários”, disse ele.
A presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, recebeu visita do presidente do Paraguai, Horacio Cartes, que assumiu o governo em agosto. Durante o encontro, os dois presidentes ressaltaram a importância da cooperação entre os países vizinhos e lembraram que a partir da articulação comum foi criado o Mercado Comum do Sul (Mercosul), na década de 1990. A União de Nações Sul-Americanas (Unasul) foi estabelecida depois, em 2008.
Em sua audição semanal pela Rádio Uruguai, nesta terça-feira (11), o presidente José Mujica criticou o consumismo que, segundo ele, “deixa de lado coisas fundamentais”. Pela terceira semana consecutiva, o mandatário se refere “às patologias graves da sociedade consumista vinculadas ao dinheiro”.
No começo da década de 1970, as bancas de jornal eram a representação da batalha ideológica que dividiu o Chile. Os diários mais tradicionais faziam oposição ferrenha ao projeto da Unidade Popular do presidente Salvador Allende, mas este tinha também seus defensores, sobretudo em publicações voltadas ao público operário, que cresceram justamente por apoiar o governo.
Por Victor Farinelli*, no Opera Mundi
Na véspera dos 40 anos do golpe de Estado que destituiu o governo socialista de Salvador Allende, a ex-presidenta e candidata favorita nas eleições de novembro, Michelle Bachelet, visitou o lugar onde ela e a mãe, Ângela Jeria, foram torturadas após o golpe de Estado que também matou seu pai, um general da Força Aérea que se opôs ao golpe e morreu na prisão em março de 1974. Em todo o país estão sendo realizados diversos atos para lembrar a data.
O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, anunciou na noite dessa segunda-feira (9) que não acatará a decisão da Corte Internacional de Justiça (CIJ) em Haia, Holanda, que deu à Nicarágua – em novembro do ano passado, os direitos econômicos de exploração da extensão marítima de parte da região do Arquipélago de San Andrés, um dos 32 departamentos colombianos. Nesta terça (10), o mandatário oficializou o decreto 1946 de 2013 que declara a zona como estando sob jurisdição e controle do país.
Interessante, antes e após a queda do regime de Pinochet, ditadura cruel e implacável, foi a defesa, por certos órgãos da mídia internacional e brasileira, do regime chileno como modelo para o Brasil.
Por Samuel Pinheiro Guimarães*, na Carta Maior
O início dos diálogos de paz entre o governo de Juan Manuel Santos e o Exército de Liberação Nacional (ELN) está próximo, conforme declarou o vice-presidente colombiano, Angelino Garzón, na segunda-feira (9). Segundo ele, o processo não deve ser na mesma cidade onde se celebram as negociações com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia- Exército do Povo (Farc-EP), ou seja, não serão em Havana. Desta forma, a porta está aberta para que Montevidéu, capital do Uruguai, seja a nova sede.
Pelo menos 330 mil professores de mais de 15 mil colégios públicos paralisarão, nesta terça-feira (10) um protesto massivo, por tempo indefinido, liderado pela Federação Colombiana de Trabalhadores da Educação (Fecode), devido ao fato de o governo não ter várias vezes cumprido acordos feitos com os trabalhadores.