Com o fim de seu primeiro mês algumas observações iniciais já podem ser feitas sobre o que esperar das políticas públicas de comunicação do governo Bolsonaro e de seu relacionamento com a imprensa.
Por Theófilo Rodrigues*
Por sua obsessão contra Lula e às forças de esquerda e sua adoração ao deus-mercado, a imprensa burguesa transformou o juiz Sergio Moro – chamado por muitos magistrados de juizeco inexpressivo do interior do Paraná – em herói nacional.
Pela primeira vez em muitos anos, o domínio da Globo nas transmissões do futebol sofreu um considerável revés. A emissora da família Marinho viu seu poder de decisão sobre a tabela da Copa Libertadores diminuir sensivelmente. O motivo, segundo o UOL Esporte, foi a forte concorrência do Fox Sports e, principalmente, do Facebook.
A publicação traz uma coletânea de artigos produzidos por um dos maiores especialistas do Brasil no tema da democratização da comunicação.
Numa postagem no tuiter, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) desmentiu a jornalista da Globonews Andréia Sadi sobre um telefonema de Bolsonaro o parabenizando pela vitória na bancada do partido que aprovou sua candidatura à presidência do Senado. Calheiros culpou o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, pela barrigada da repórter – termo jornalístico usado quando uma informação é falsa.
A TV Brasil (emissora de TV pública) suspendeu um de seus programas mais antigos, o “Sem Censura”, em meio à intervenção da gestão Jair Bolsonaro (PSL) na EBC (Empresa Brasil de Comunicação), administrada pelo governo federal.
Como se relacionar com quem defende o atual estado de coisas? Discutir a partir de argumentos racionais ou partir para o bate-boca? Há respostas afirmativas para as duas formas mas ambas são inconsequentes.
Por Lalo Leal, para a RBA
Os últimos dados de circulação dos jornais brasileiros, segundo estudos do site Poder360 com base nos dados do IVC (Instituto Verificador de Circulação), trazem informações relevantes.
Por Luis Nassif, no Jornal GGN
O simpático rosto de Flávio – filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro – estampa as edições de todas as quatro revistas semanais de informação do país neste final de semana. Veja, Época, IstoÉ e CartaCapital destacam as lambanças e suspeitas de crimes envolvendo o senador eleito do PSL e analisam os impactos do escândalo na incipiente era bolsonarista
O presidente da China, Xi Jinping, fez um chamado para revolucionar a imprensa partidária, equipá-la com as tecnologias possíveis e ampliar sua presença em todos os canais de comunicação. Ele pediu mais esforços para desenvolver sites, microblogs, a rede de mensagens WeChat, boletins eletrônicos, jornais digitais, televisão com protocolo de Internet e novas mídias. "O trabalho informativo e com a opinião pública está enfrentando novos desafios porque houve profundas mudanças na mídia", disse Xi.
“Se o acesso era a regra e o sigilo a exceção, prenuncia-se o inverso: o sigilo como regra e o acesso como exceção, caracterizando um ataque à liberdade de imprensa e ao exercício da cidadania”. Essa é a conclusão da Federação Nacional dos Jornalista ao analisar, em nota divulgada nesta quinta-feira (24), o decreto do presidente em exercício, Hamilton Mourão, que modifica a Lei de Acesso à Informação e amplia as possibilidade de que seja imposto sigilo secreto e ultrassecreto a dados públicos.
Bolsonaro e sua trupe estavam deslumbrados com a narrativa criada pela imprensa de que ele seria o "grande astro" em Davos. Quando esta mesma imprensa noticiou que sua participação no Fórum Econômico foi um fiasco, a trupe bolsonarista se revoltou. Some-se a isso o noticiário negativo envolvendo o filho mais velho do presidente e já temos a explicação do porquê a imprensa se transformou nesta semana em saco de pancadas do bolsonarismo nas redes sociais.