Considerada um dos braços que articulam o golpe em curso no país, a Rede Globo de Televisão foi o alvo de um ato pela democratização da mídia realizado na noite desta terça-feira (12), em Brasília. Com faixas, música, bonecos, palavras de ordem e intervenção artística, mais de 2 mil pessoas participaram da manifestação.
Em reportagem publicada nesta terça-feira (12), o The New York Times destaca a votação do relatório de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff na segunda-feira (11) e reforça: "Deve-se lembrar que Dilma é uma das raras figuras políticas no Brasil que não estão enfrentado acusações de enriquecimento pessoal ilícito."
Há uma histeria nacional em torno do tema da corrupção. Em todas as esquinas, nas ruas, nas praças, nos bares, nos clubes, nas residências, onde quer que se junte um grupo de amigos para conversar, na maioria dos casos, a corrupção será apontada como o maior problema do Brasil. Mas no automatismo em que vive a sociedade midiática, ninguém parou um segundo para perguntar: mas quem elegeu a corrupção como o “grande problema” e por quê?
Por Celso Vicenzi*, em seu blog
Na sexta-feira (8), o deputado Paulinho da Força, integrante da tropa de choque do correntista suíço Eduardo Cunha e famoso por seu pragmatismo mercenário, promoveu um "ato dos sindicalistas pelo impeachment de Dilma". O evento foi um fiasco, não repercutindo sequer na mídia golpista.
Por Altamiro Borges*, em seu blog
O deputado Henrique Fontana (PT-RS) desmente nesta segunda-feira (11), mais uma manipulação da grande mídia. Segundo ele, a Folha divulgou uma matéria "mentirosa" e "montada" buscando "dar sua contribuição ao ambiente golpista no país, visando passar para opinião pública a ideia de divisão dos deputados que são contrários ao golpe. Reafirmo que estamos firmes e unificados na luta contra o golpe do impeachment em andamento na Câmara dos Deputados", escreveu o deputado em seu site.
O Blog do Planalto elevou o tom contra os factoides publicados pela grande midia nos últimos meses. Em um texto publicado neste domingo (10), o blog rebateu o que chamou de “tese” de revistas semanais sobre uma suposta “compra de voto” para combater o impeachment e criticou a falta de isenção da mídia. "Era para ser jornalismo, mas não passa de torcida organizada".
Uma vez, numa conversa com Zé Dirceu já nem sei lá exatamente a propósito de que, ele disse o seguinte: “Os políticos têm pavor de 30 segundos no Jornal Nacional.”
Paulo Nogueira*
O Sindicato dos Jornalistas de São Paulo voltou a ser trincheira de resistência democrática. Nesta quinta-feira (7) o histórico auditório Vladimir Herzog foi palco de um ato contra o golpe em curso no país. As intervenções dos convidados responsabilizaram as grandes empresas de comunicação pelo clima de instabilidade e perseguições no país. Maria Inês Nassif afirmou que “o jornalismo é parte desse clima horroroso”. Para ela, o Brasil paga pelos erros de ter se curvado ao monopólio da mídia.
“Neste momento atribulado que estamos vivendo, o papel da imprensa, especialmente a imprensa alternativa, é preponderantemente importante. É dever da imprensa, esclarecer a sociedade sobre a verdade dos fatos. É papel dos jornalistas levar as notícias e os esclarecimentos à sociedade, prezando sempre pela imparcialidade e clareza.”
Na disputa de narrativas sobre a crise política, a última semana foi marcada por avanços contrários ao golpe. Diversas manifestações, falas de juristas, artistas e intelectuais, além de atos do próprio governo, conseguiram ampliar o alcance do discurso de que há um golpe em curso. O que caracteriza esse golpe é um impeachment sem crime de responsabilidade e uma atuação seletiva do judiciário, articulados pela grande mídia.
Por André Pasti*, do FNDC
Nos dias atuais, em que o país se depara com ataques à institucionalidade democrática e à legalidade das urnas, a imprensa joga papel destacado na formação da opinião pública, de acordo com os interesses a que serve.
O Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) lançou uma conclamação para uma grande ação contra a Rede Globo neste dia 1º de abril. O objetivo é inundar as redes e as ruas denunciando as mentiras do grupo da famiglia Marinho. Nas redes sociais será usada a hashtag #MentiraÉNaGlobo para dizer ao maior monopólio de mídia do país que não somos bobos. Leia abaixo o documento do FNDC: