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Walmir Ayala: Morcego morto

*

Flor de veludo pisada. Ontem
silvo na noite. Agora
penugem fria.



Junto às rosas, assistido
pelo agudo sonho
dos gatos, sob o afiado sol,
apodrece.



Ontem vôo maldito. Agora
espectro varrido.


                             Habitante
da morte inconsútil.
                             O dia
claro te vê, consome
e guarda.



Melhores poemas
Walmir Ayala
Seleção: Marco Lucchesi
Global Editora – edição 2008