No Brasil, o aborto ainda é considerado um tabu e há muita hipocrisia na discussão do tema. Pesquisa Nacional de Aborto, da UnB (Universidade de Brasília) mostra que uma em cada cinco mulheres já fez pelo menos um aborto na vida. A maioria delas, segundo a pesquisa, se declarava católica, ou seja, a religião não impediu a interrupção da gravidez.
No Brasil, o aborto ainda é considerado um tabu e há muita hipocrisia na discussão do tema. Pesquisa Nacional de Aborto, da UnB (Universidade de Brasília) mostra que uma em cada cinco mulheres já fez pelo menos um aborto na vida. A maioria delas, segundo a pesquisa, se declarava católica, ou seja, a religião não impediu a interrupção da gravidez.
“De um milhão de abortos ilegais no País, 33 viraram casos de polícia em 2014. A maioria das denúncias foi feita pelos próprios médicos” (O Estado de S.Paulo, 21/12/2014). Os efeitos dessas denúncias vão muito além da prisão de possíveis inocentes.
Por Ligia Martins de Almeida*
"Mulheres que têm dinheiro podem fazer a interrupção da gravidez fora do país ou em clínicas adequadas a que mulheres pobres não têm acesso". A contatação é de Rosângela Talib, da ONG Católicas pelo Direito de Decidir. Em entrevista ao DoisP, ela fala sobre o tema urgente, a anecessidade de se ampliar o debate sobre a interrupção assistida da gravidez e as consequências para as mulheres e para a sociedade em geral
Moçambique se tornou nesta semana o quarto país africano a legalizar o aborto. Isso porque o presidente Armando Guebuza promulgou na última quinta-feira (18) o novo código penal do país, que libera a interrupção voluntária de gravidez.
No boletim da Rádio Vermelho desta sexta-feira (5) saiba mais sobre o indiciamento feito pela Policia Federal que aponta o desvio de pelo menos R$834 milhões no caso do trensalão tucano em São Paulo. O programa também destaca: Grupo da Comissão da Verdade exige punição de agentes da ditadura, Senado discute legalização do aborto a pedido da sociedade e no Parlatino, mulheres pedem fim das diferenças de gênero.
Por Ramon de Castro, para a Rádio Vermelho
Por sugestão da sociedade, que contou com o apoio de mais de 20 mil pessoas que se manifestaram através do programa e-Cidadania, o Senado debaterá a legalização do aborto até a 12ª semana de gravidez. A proposta será analisada pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), a quem caberá decidir transformar ou não a proposta em um projeto de lei.
No entanto, apenas 65 unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) estão aptas a realizarem o procedimento do aborto legal. Em 2013, segundo o Ministério da Saúde, foram registrados 1.523 casos de aborto legal.
Por Dandara Lima*, no portal da UJS
Uma coisa curiosa nas discussões sobre aborto é o fato de muitos homens maravilhosos e que estão junto, somando forças, querendo a descriminalização e lutando por ela e pelos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres usando variantes da frase “para todas as mulheres o aborto é um procedimento traumático, doloroso, difícil…”.
Não, nem sempre! Não, não mesmo!
Por Karina Buhr*, na Carta Capital
O documentário Clandestinas, dirigido por Fádhia Salomão e realizado com apoio da organização SOF e da International Women's Health Coalition, conta histórias de mulheres que abortaram ilegalmente no Brasil. Com depoimentos de mulheres que contam suas próprias experiências e interpretam relatos de anônimas, o vídeo mostra como a criminalização da interrupção voluntária da gravidez penaliza todas as mulheres.
Mesmo sob chuva, o protesto chamado "Somos Todas Jandira! Somos Todas Elisângela!” reuniu nesta sexta-feira (26), cerca de 50 mulheres na Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro. A manifestação foi organizada pela Frente Nacional contra a Criminalização das Mulheres e pela Legalização do Aborto.
A Anistia Internacional defendeu nesta terça-feira (24) que o aborto seja tratado como uma questão de saúde pública e de direitos humanos, e não criminal. O pedido pelo debate urgente no país veio depois da confirmação das mortes de Jandira Magdalena dos Santos Cruz, de 27 anos, e Elisângela Barbosa, de 32, após interromperem gravidez, de forma clandestina, no Rio de Janeiro.