O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, repetiu na Câmara dos Deputados os argumentos usados em audiência pública no Senado, e voltou a negar nesta terça-feira (14) que o governo tenha cometido irregularidades, em 2014, no repasse de recursos à Caixa Econômica Federal para pagamento de benefícios sociais como os programas Bolsa Família, seguro-desemprego e abono social.
Em audiência pública no Senado nesta terça-feira (14), o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, reafirmou que não há irregularidades no atraso de repasses nos pagamentos de programa sociais aos bancos públicos e salientou que a metodologia de pagamentos utilizada pelo governo no ano passado vem sendo utilizada desde o início da vigência da Lei de Responsabilidade Fiscal, em 2001, tendo, inclusive, sido alvo de acórdão favorável do próprio TCU.
Para o Advogado Geral da União, Luis Inácio Adams, é absurdo personalizar a questão das contas do governo Dilma Rousseff e utilizá-la como motivo para impeachment. “A defesa é das contas do governo, não da pessoa física da presidenta. Tratar esse assunto como responsabilidade pessoal é extrapolar o objeto da discussão e trazer o debate político para o seio de algo que deve ser técnico”, afirmou.
A apuração de irregularidades entre os profissionais da Advocacia-Geral da União (AGU) resultou em quatro demissões e nove suspensões em 2012. Os números foram divulgados no Relatório de Gestão da entidade. O documento também indica a abertura de 16 processos administrativos disciplinares e sindicâncias durante o ano passado.