Na tarde desta sexta-feira (6) o movimento de estudantes que ocupou a Assembleia Legislativa de São Paulo por três dias (Alesp) divulgou carta aberta à sociedade. Eles citaram o apoio e reconhecimento que tiveram de “mães, pais, professores, trabalhadores, funcionários da Alesp, artistas, intelectuais e autoridades” como a maior vitória do movimento. “O que fez toda a diferença para nós”. Os estudantes sairam do prédio nesta sexta-feira, às 16h. "Apenas começamos".
Os estudantes que estavam ocupando a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) desde a última terça-feira, (3) reivindicando a instalação da CPI da merenda, resolveram desocupar o local nesta sexta-feira (6). Segundo comunicado realizado logo após a saída da Alesp, os secundaristas informaram que não houve violência física por parte da Polícia Militar, mas o governo do Estado conseguiu viabilizar através da "truculência econômica" a desocupação do plenário da assembleia.
Por Laís Gouveia
A Ordem dos Advogados de São Paulo (OAB-SP) emitiu uma nota rechaçando a conduta de corrupção imposta pelo esquemas de propinas evolvendo figuras centrais do governo Alckmin, como o presidente da Assembleia Legistativa de São Paulo, (Alesp), Fernando Capez (PSDB-SP) e apoiando a abertura de uma CPI na casa.
Os estudantes que mantinham a ocupação do Centro Paula Souza desde a última quinta-feira deixaram nesta sexta-feira (5) a unidade, O prédio no centro velho de São Paulo abriga a administração da autarquia responsável pelas escolas técnicas estaduais. A operação foi tensa. Os policiais militares da Tropa de Choque chegaram em cinco caminhões por volta de 5h e se postaram com armas em punho diante do edifício.
Numa espécie de "pedalada fiscal", o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), usou dinheiro do Metrô, um estatal, para pagar obrigações contratuais à concessionária ViaQuatro, que opera a Linha 4-Amarela do Metrô. Diferentemente do que fez o governo federal – que atrasou o repasse de recursos a bancos públicos, mas ressarciu em seguida tais instituições, sem que houvesse prejuízos para elas – a manobra de Alckmin resultou em um calote no Metrô de R$ 332,7 milhões entre 2011 e 2014.
A Tropa de Choque da Polícia Militar invadiu na manhã de hoje (2) a sede do Centro Paula Souza, autarquia do governo estadual de São Paulo que estava ocupada pelos estudantes desde a última quinta-feira (28) em protesto contra o corte de recursos na educação e pela instalação de uma CPI para investigar os desvios de verbas para a merenda da rede paulista de ensino.
Pesquisadores da Rede Escola Pública e Universidade, constituída por docentes de diversas universidades públicas do estado, divulgaram dados que mostram que, apesar do compromisso do Governo do Estado de suspender o processo de reorganização das Escolas Estaduais paulistas, há em curso um processo de redução de salas de aula, configurando uma possível “reorganização silenciosa” das escolas. O assunto será discutido no dia 16 de abril em um Colóquio organizado por essa Rede para debater o tema.
A verba utilizada pelo governo do estado de São Paulo para construir novas Escolas Técnicas Estaduais (Etecs) e comprar equipamentos para as unidades caiu 78,24% em 2015, tomando por base a diferença entre os valores orçados e liquidados durante o ano passado.
O governador Geraldo Alckmin cortou nesta segunda-feira (28) o bônus para os professores e servidores da rede estadual de ensino, que desde 2008 premiava os profissionais da educação que atingiam bom desempenho no Idesp (Indicador de qualidade do estado). A proposta do governador é retirar tal benefício para promover um reajuste de 2.5% à categoria. O sindicato dos professores do Estado de São Paulo (Apeoesp) rejeitou a proposta do governo.
A mídia tucana já esqueceu os mortos nas enchentes na região metropolitana de São Paulo e o "picolé de chuchu", governador Geraldo Alckmin, segue impávido fazendo discursos pela "ética na política" e pelo impeachment de Dilma.
Por Altamiro Borges, em seu blog
Segundo Raul Marcelo, parlamentar do Psol, investigações no Estado não estão andando e União é obrigada a investigar, já que merenda conta com 30% de verbas do governo federal. Marcelo tem a intenção de montar uma “comitiva” de deputados do Psol, PCdoB e PT para cobrar investigações da Controladoria Geral da União, Polícia Federal e Ministério Público Federal.
O governo Alckmin não tenta mais disfarçar sua campanha pela queda de Dilma Rousseff e a criminalização dos movimentos sociais. No vídeo abaixo, na primeira imagem, manifestantes pulam a catraca tranquilamente para irem às manifestações do dia 13 de março favoráveis ao impeachment. Já na segunda imagem, em um protesto contra o governo Alckmin, o movimento social apanha da polícia militar ao tentarem passar na catraca.