As drásticas consequências dos mais de 40 mil focos de queimadas provocadas entre janeiro e agosto na maior floresta tropical do mundo dão maior relevo para o Dia da Amazônia, comemorado nesta quinta-feira, 5 de setembro. Tanto que a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) propõe que a data passe a ser Dia de Luta pela Amazônia.
Por Marcos Aurélio Ruy
Diante do quadro crítico do desmatamento e aumento da queimada na floresta amazônica, movimentos da igreja católica realizaram nesta quarta-feira (04), na Câmara dos Deputados, o “Ato pela Amazônia: em defesa da vida dos povos da floresta”. Dom Evaristo Spengler, da Prelazia do Marajó (PA), entregou ao presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), uma carta na qual os bispos da região exigem medidas imediatas “frente à agressão violenta e irracional à natureza”.
Por Iram Alfaia
O volume de áreas queimadas na Amazônia em agosto deste ano foi 300% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
A criação de bases de monitoramento e um plano permanente com ações para proteção e desenvolvimento sustentável da Amazônia são propostas apresentadas pelo governador do Amapá, Waldez Góes (PDT), na reunião dos governadores da Amazônia Oriental (Pará, Maranhão, Amapá, Tocantins e Mato Grosso) com a comitiva do governo federal, que ocorreu nessa segunda-feira (2), no Hangar Centro de Convenções da Amazônia, em Belém (PA).
O evento ocorreu na Universidade Federal do Amazonas com a presença de represnetantes de amplos segmentos. O próximo passo é elaborar a pauta de ações para o Movimento e a agenda de trabalho composta por seminários, debates, palestras.
Decreto de Bolsonaro não é respeitado. Desmatamento continua na Amazónia. Fazendeiros de Novo Progresso ignoram o decreto de Bolsonaro que proíbe a realização de queimadas em todo o Brasil e derrubam e queimam a floresta para transformação em pasto.
Gustavo Basso, na Amazônia
Chamuscado, o país chega ao oitavo mês de um governo velho e envilecido e todos se perguntam se teremos condições de suportar o que aí está até o final do mandato do capitão, que atua sem peias, irresponsavelmente, destroçando os mecanismos de controle republicano.
O mal-estar diplomático em torno da Amazônia envolvendo o Brasil, a França, a Alemanha, a Noruega e outros países europeus não surpreende quem conhece um pouco da história do nosso País e das ambições coloniais europeias. A Amazônia brasileira foi colhida no epicentro da sensível agenda mundial do aquecimento global e da questão climática.
Por Aldo Rebelo*
Documentos obtidos pelo jornal O Globo mostram que, mesmo provocado por sua área técnica, o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) demorou dois meses para autorizar a contratação de brigadistas para atuar no combate aos incêndios florestais. Servidores ouvidos pela reportagem dizem que essa demora pode ter prejudicado o trabalho para evitar os efeitos das queimadas. Em 2019, a autorização só saiu em junho. Em 2018, por exemplo, ela foi dada em março.
"Com sua demagogia incendiária, Bolsonaro é responsável pelo ressurgimento da pauta da internacionalização da Amazônia".
“Essa devastação sem precedentes que está acontecendo na Amazônia, um agravamento terrível desta crise, que está chamando a atenção do mundo, pelas declarações estapafúrdias dos nossos governantes, provocou hoje uma sequência de declarações que são extraordinariamente avassaladoras para o Brasil.”, diz o vice-presidente nacional do PDT, Ciro Gomes, em vídeo gravado e divulgado em suas redes sociais sobre as queimadas na Amazônia.
Com o objetivo de reverter o quadro de agressões ao meio ambiente, agravado pelo cenário inédito de desmatamento e das queimadas na região amazônica, lideranças políticas do campo da oposição, ativistas ambientais, ONGs, além de representantes de entidades religiosas, sindicais e do movimento estudantil, lançaram nesta quarta-feira (28) o Fórum Nacional Amplo em Defesa da Amazônia.
Por Walter Félix, do PCdoB na Câmara