Aconteceu em Caracas, mas o protagonista foi o boliviano Carlos Mesa, ex-presidente de seu país e ex-dono de TV; e o que ele disse cabe como uma luva no Brasil. Foi numa reunião da direita, porém tem tudo a ver esquerda. E, embora o tema fosse mídia, a lição é acima de tudo política: a emergência do PIG ('Partido da Imprensa Golpista', na sigla cunhada por Paulo Henrique Amorim) espelha a "falta de partidos políticos"… e tem tudo para dar errado.
Por Bernardo Joffily
A Argentina deverá passar por uma reestruturação em sua base de meios de comunicação. As mudanças, nesse setor, serão possíveis devido à aprovação, na madrugada de quinta-feira, pela Câmara dos Deputados, do projeto de Lei de Serviços Audiovisuais. Agora, a matéria vai para sanção no Senado, onde o governo de Cristina Kirchner aposta em uma vitória certa.
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, alertou neste sábado (19) sobre a continuidade da conspiração dos Estados Unidos contra o Equador, depois que esse país decidiu pela saída dos militares estadunidenses da base de Manta. Chávez advertiu que a ação "humilhou a enorme prepotência dos ianques e jamais vão perdoar Correa por isso".
Há 144 anos, soldados paraguaios alojados em Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, acordaram em situação adversa. No decorrer do dia, a tropa comandada pelo tenente-coronel Antonio de la Cruz Estigarribia, encurralada, pediria a rendição.
O jornalista e diretor do Opera Mundi, Breno Altman, avalia, em entrevista ao Vemelho, que a ampliação do potencial defensivo em países da América Latina não representa uma corrida armamentista, mas uma resposta à investida dos Estados Unidos, que reorganiza sua estratégia militar na região. Segundo ele, a Colômbia passa a operar como ponta de lança dos interesses norte-americanos na região.
As compras militares nos países da América Latina não são uma corrida às armas. Elas se limitam a um amplo processo de reequipamento, mas impressionam porque estão ocorrendo simultaneamente em vários países, movimentando contratos que tratam de bilhões – em qualquer moeda.
Por Roberto Godoy
Até o último trimestre de 2008, a América Latina alimentava a esperança de passar incólume pela crise. Havia um distanciamento entre países emergentes, cuja maioria continuava a crescer, e nações mais industrializadas, que entravam na recessão. A queda do banco Lehman Brothers, em setembro de 2008, acabou com essa ilusão. Mas enquanto – um ano depois – os países ricos parecem ainda experimentar uma deterioração do quadro econômico, índices apontam recuperação rápida na América Latina.
A instalação de sete bases militares dos Estados Unidos na Colômbia reabriu o debate sobre o pretexto utilizado pelo país norte-americano para encobrir seu real objetivo na América Latina. O Plano Colômbia foi justificado como forma de combater o narcotráfico, já que a maior parte das drogas produzidas seria consumida nos EUA. Mas, de acordo com o coronel-aviador da Força Aérea Brasileira, Sued Castro Lima, a grande maioria das drogas consumidas nos EUA é produzida no próprio país.
O grupo de comunicação Clarín — que se insurgiu contra uma operação da Receita Federal argentina, realizada nesta quinta-feira (10) na sede da empresa — é diretamente afetado pelo projeto que regula as comunicações, enviado ao Congresso daquele país pela presidente Cristina Kirchner.
O grande teórico militar O grande teórico militar Karl von Clausewitz insistia que a guerra moderna é "a continuação da política por outros meios". Com isso, o general prussiano postulava que a guerra é "um ato político" e, como tal, "se constitui em um ato de força que se leva a cabo para obrigar o adversário a acatar a nossa vontade".
Por Carlos Rivera Lugo*, no Rebelión
Não estaremos presenciando o afloramento de um novo desenho de poder popular, construído pela base, pelos camponeses, indígenas, operários, assalariados urbanos que começam novamente a sonhar com uma sociedade livre, verdadeiramente latinoamericana e emancipada?. Não estaremos começando a tecer, redesenhar e mesmo presenciar as novas vias abertas na América Latina?
Por Ricardo Antunes*, em O Diario
Manuel Zelaya, o líder deposto de Honduras, crê que os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Barack Obama, dos Estados Unidos, vêm demonstrando forte liderança na crise hondurenha. Zelaya elogiou em especial as ações mais recentes de Lula e Obama contestando o governo ilegal de Roberto Michelletti, que se instaurou no poder após o golpe do último dia 28 de junho, quando Zelaya teve a residência presidencial invadida por soldados armados e foi obrigado a embarcar de avião para a Costa Rica.