Nos dias 04, 05 e 06 de maio dois eventos anti-imperialistas aconteceram em Cuba, na província de Guantánamo: o 7º Seminário Internacional pela Paz e pela Abolição das Bases Militares Estrangeiras e a Reunião Regional América-Caribe do Conselho Mundial da Paz (CMP).
Muito se têm falado, na mídia alternativa, em dezenas de artigos e lives, sobre os motivos da Rússia para promover a guerra. Não vou cansar o leitor enumerando o que ele já conhece. Proponho abordar alguns aspectos que estes dias iniciais de combate vão relevando.
Um grande equívoco que se poderia cometer ao analisar a situação política, social, econômica e militar do Brasil – seria não contextualizar o cenário nacional no mundo em que vivemos.
Venezuela, Rússia, China, Coreia Popular e Irã anunciaram a formação de um novo bloco dentro da Organização das Nações Unidas. A proposta, apoiada por 17 países, vem sendo debatida desde 2019 e busca defender a carta de fundação da ONU contra o “unilateralismo” dos Estados Unidos.
A construção de um movimento de caráter mundial para defender a paz, o desarmamento, a igualdade entre Estados e o direito dos povos ao desenvolvimento soberano teve no Segundo Congresso Mundial da Paz, realizado em Varsóvia entre 16 e 22 de novembro de 1950, um momento culminante.
O líder do Irã, aiatolá Ali Khamenei, alertou que os EUA sofrerão mais retaliações pelo ataque de drones em janeiro contra o comandante iraniano Qassem Soleimani, dizendo ao primeiro-ministro do Iraque que Teerã resistirá à intromissão norte-americana na região.
Enquanto os povos da América Latina e Caribe mobilizam-se em resistência constante contra avanços autoritários, reacionários e imperialistas pela região, os obstáculos que devemos transpor se acumulam. Por Socorro Gomes*
Montevidéu, capital do Uruguai, fez jus a sua insígnia de “Capital da Esperança” ao sediar a Jornada Continental pela Democracia e contra o Neoliberalismo, do dia 16 a 18 de novembro. O encontro reuniu milhares de sindicalistas, camponeses, indígenas, ambientalistas, feministas e movimentos anti-imperialistas das Américas, na busca de alternativas ao neoliberalismo e em defesa da democracia no continente.
Por Maria Clotilde Lemos Petta*
Em 15 de outubro de 1987, em Uagadugu, uma experiência revolucionária exaltante chegava ao fim sob o crepitar das kalachnikovs. O presidente de Burkina Faso, Thomas Sankara, era assassinado, com doze de seus companheiros.
Por Rosa Moussaoui
O Partido Comunista do Brasil convocou a militância e membros do Comitê Central para o Encontro nacional de Questões Internacionais a realizar-se neste sábado (5), na sede do partido em São Paulo. Na ocasião, será feita uma análise sobre a conjuntura internacional, apresentado os principais pontos em debate no processo de preparação do 14º Congresso do PCdoB e os desafios e tarefas dos comunistas brasileiros na luta anti-imperialista.
Parece espantoso no Brasil, mas a tendência internacional é de recuo dos conservadores. Qual o sentido e os limites desta novidade?
Por Immanuel Wallerstein, no blog Outras Palavras
O debate sobre a política externa dos EUA proposto pelo Vermelho tem tudo a ver com discussões recentes com alunos de Relações Internacionais. Diante do conteúdo anti-imperialista e das acerbas críticas que faço à política externa estadunidense, perguntam-me se as recentes inflexões da diplomacia de Obama – o estabelecimento de relações com Cuba e o acordo nuclear com o Irã – significariam uma mudança essencial, um ponto fora da curva ou uma mera tática enganadora.
Por José Reinaldo Carvalho*