Em 2001, o estadunidense Joseph Stiglitz venceu o Prêmio Nobel de Economia ao refutar uma das teses centrais do pensamento econômico liberal, rebatendo o mito da “mão invisível do mercado” como força reguladora, e comprou uma briga com o Fundo Monetário Internacional, acusando-o de empurrar países subdesenvolvidos para o livre mercado antes que possuam instituições democráticas e estáveis.
Na semana passada, o presidente argentino, Maurício Macri, anunciou a ida do país ao FMI para conseguir adiantamento de uma linha de crédito que totaliza US$ 50 bilhões. O que era para servir como uma espécie de resgate da confiança na econômica do país alarmou ainda mais o mercado e toda a população. A última vez que a Argentina recorreu ao fundo foi em 2003, na esteira da pior crise econômica e política que eclodiu em 2001, quando o país teve cinco presidentes em doze dias.
Em abril, com 20 pesos argentinos era possível comprar um dólar. Na quarta-feira 22 de agosto o mesmo dólar valia 30. Uma semana depois, 40. Em alguns dias chegou a roçar 42 pesos, mas recuou, pressionado pela venda de centenas de milhões da moeda americana das mais que combalidas reservas e, claro, de dinheiro emprestado pelo FMI. Já a taxa de juros chegou no finzinho de agosto a estonteantes 60% anuais.
Por Eric Nepomuceno
Preso desde julho de 2017 na Argentina, o líder mapuche Facundo Jones Huala corre o risco de ser extraditado para o Chile. No dia 23 de agosto, a Suprema Corte de Justiça de Argentina aprovou a extradição que vem sido combatida internamente pelos movimentos de direitos humanos e internacionalmente.
Por Juliana Gonçalves
Vencedor do prêmio Nobel de economia, o americano Joseph Stiglitz tem um conselho a dar ao presidente argentino Mauricio Macri: pense em renegociar a dívida do país.
O presidente da Argentina, Mauricio Macri, anunciou neste fim de semana uma reforma urgente do seu gabinete, para enfrentar uma nova crise econômica gerada pela forte desvalorização do peso registrada na última semana, e a possibilidade de que o governo perca definitivamente o controle da situação.
Por Victor Farinelli
O presidente da Argentina, Mauricio Macri, anunciou nesta segunda-feira (3) uma série de medidas de austeridade para o país, que inclui redução de ministérios e novos impostos. Segundo o presidente, a pobreza no país "vai aumentar".
Como o João, da “Quadrilha” de Drummond, Macri foi aos Estados Unidos, mas para pedir adiantamento do empréstimo de 50 bilhões de dólares que fez ao FMI. Com a queda de 7,6% do peso argentino em relação ao dólar, parece que chegou ao fim a quadrilha. O presidente neoliberal se enforcou com a corda que ele mesmo deu ao mercado e afundou o país na maior crise econômica desde 2001, quando a classe média foi à bancarrota.
Por Mariana Serafini
Nesta quinta-feira (30) acontece o maior protesto universitário dos últimos 35 anos, desde o retorno da democracia na Argentina. Milhares estudantes e professores vão às rua de Buenos Aires para denunciar os cortes do presidente neoliberal Maurício Macri na educação do país, considerada uma das melhores do continente até então.
Mega-mobilização argentina repercute em diversos países e desafia leis repressoras. Despertar feminista pode sacudir predomínio conservador na região — onde apenas Cuba, Uruguai e Guianas respeitam direito de decidir.
Por Fabiana Frayssinet
O advogado Carlos Beraldi denunciou que após a diligência policial no apartamento da ex-presidenta argentina Cristina Kirchner, localizado no bairro portenho de Recoleta, realizada na semana passada, foram encontradas “substâncias tóxicas” no local, as quais afetaram a saúde do pessoal que foi fazer a limpeza nos dias posteriores, a ponto de precisarem de atendimento com urgência em um hospital próximo.
O Tribunal de Apelação do Trabalho “confirmou a sentença provisória decretada a 13 de Julho de 2018 a favor dos trabalhadores da Télam”, de acordo com a qual cinco funcionários – que levaram o caso a tribunal – “deveriam ser imediatamente reintegrados” na agência de notícias argentina que acabou de promover uma demissão em massa.