Com resistência, a greve nacional dos bancários chega nesta sexta-feira (04/10), ao 16º dia, com forte adesão no Ceará. Os trabalhadores lutam com resistência, mas os patrões criam artimanhas para furar a greve.
Não apenas a paralisação cresce a cada dia em todos os estados, como os bancários estão indo às ruas em manifestações e passeatas junto com outras categorias de trabalhadores.
Por Altamiro Borges, Blog do Miro
A Comissão de Trabalho, Administração e Serviços Públicos, da Câmara dos Deputados, aprovou na última quarta-feira (2), requerimento de autoria do deputado federal Chico Lopes (PCdoB-CE), solicitando a realização de audiência pública para buscar a intermediação de diálogo entre a Federação Brasileira de Bancos (Febraban/Fenaban) e os bancários, em greve em todo o país, desde o último dia 19.
A greve dos bancários chega ao 14º dia nesta quarta-feira 902) e estão paralisadas 403 agências no Ceará. Na última terça-feira, 1º/10, os bancários cearenses aumentaram a mobilização para mostrar a força da categoria e lutar contra a intransigência do Governo e dos banqueiros, e forçar a reabertura das negociações.
A greve dos bancários a cada dia fica mais forte em todos os estados brasileiros. A terceira semana de paralisação nacional começou com 821 agências fechadas na Bahia. Das 295 unidades de Salvador, 289 estão sem atendimento.
A greve nacional dos bancários chega nesta segunda-feira (30) a 12 dias e a total responsabilidade por esse quadro é dos banqueiros. Desde 5 de setembro, ou seja, há exatos 25 dias, os negociadores da Federação dos Bancos (Fenaban) sabem que os bancários não aceitariam a proposta de 6,1% de reajuste, sem qualquer aumento real para salários, piso, vales, auxílios, nem para a PLR.
A intransigência da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e a condução nada convencional utilizados para tentar enfraquecer a greve legítima e pacifica dos bancários foram debatidos pelo Comando Nacional, nesta quinta-feira (26). O presidente da Federação Bahia e Sergipe, Emanoel Souza, participou da reunião.
Continuam com os braços cruzados bancários, em agências de diversos bairros de Fortaleza, nesta sexta-feira, 9º dia de greve da categoria. As agências desses bairros da Capital se juntam com diversas outras unidades paralisadas em todo Interior do Estado por tempo indeterminado, até que surja proposta decente que contemple os anseios dos bancários. No Ceará, 383 agências fecharam as portas, sendo 186 na Capital e 197 no Interior. Em todo o Estado existem 507 agências.
O deputado federal Chico Lopes (PCdoB-CE) requereu à Comissão de Trabalho, Administração e Serviços Públicos, da Câmara Federal, audiência pública para buscar respostas às reivindicações dos bancários, que estão em greve em todo o País desde a última quinta-feira, (19/09).
Os bancários do Ceará chegam hoje (26/09), ao oitavo dia de greve com uma mobilização cada vez mais crescente. Segundo o sindicato da categoria, até a quarta-feira (25), em todo o Estado, o número de agências paradas subiu de 313, para 349, das 507 existentes. Na Capital, 172 agências estão fechadas, enquanto que no Interior esse número é de 177.
Com o slogan “Mais Bancários, Menos Filas”, cerca de 1,5 mil bancários, em greve desde a quinta-feira (19), ocuparam a Avenida Paulista, no final da tarde desta terça-feira (24), para protestar contra a intransigência dos banqueiros e chamá-los para a mesa de negociação.
Hoje, quarta-feira (25/09), a greve dos bancários chega ao 7º dia com resistência e determinação dos trabalhadores em busca de reabertura de negociação com os patrões – Governo e banqueiros. A greve fortaleceu-se nos vários corredores bancários de Fortaleza, numa demonstração de resistência. No Ceará, 313 agências paralisaram o atendimento na última terça-feira (das 507 de todo o Estado).