O jornalista Jotabê Medeiros reverencia o artista num livro escrito entre a vida e a morte do pensador cearense.
"A obra de Belchior, que em nenhum momento citou nominalmente Sobral em suas canções, fala do Norte, sobretudo como um lugar de partida, para o qual o sujeito que de lá saiu demonstra a vontade de voltar, mas nunca consegue”.
Por *Josely Teixeira
“Dizem os mais próximos que na casa de Belchior a preocupação com a situação política do Brasil – ‘com o golpe’ – era uma constante. Sentia, por isso, que estava na hora de voltar. Sua companhia certamente seria bem-vinda na travessia de mais esse deserto, onde o velho não acaba de morrer e o novo não acaba de nascer. Que as lágrimas dos jovens que agora o choram sejam fortes o bastante para fazer renascer um outro futuro possível. Quem viver verá”.
Por *Victor Marques
Nesta sexta-feira (02), o Botequim dos Bancários fará uma grande homenagem a dois ícones da música popular brasileira falecidos recentemente. A edição será um tributo à memória e à obra de Belchior e Jerry Adriani e acontece a partir das 18h30, na sede do Sindicato. Para interpretar os maiores sucessos desses dois cantores teremos a Banda Nostalgia – que homenageará Jerry Adriani – e Edinho Villas-Boas que relembrará o cearense Belchior.
Para reviver a poesia das canções de Belchior, o Theatro José de Alencar (TJA), equipamento da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult), recebe o show "Sujeito de Sorte" da banda Trovador Eletrônico, nesta quarta-feira (24), às 19h.
Roberto Cláudio destacou que o novo equipamento vai promover diversas formas de cultura na cidade.
O prefeito Roberto Cláudio inaugura nesta quinta-feira (18), às 17h, um novo centro cultural em Fortaleza, no bairro Praia de Iracema. O equipamento fará uma homenagem ao músico cearense Belchior, que além de ser uma importante referência para a música brasileira, foi também um amante das artes plásticas.
Nesta quarta-feira, dia 31 de maio, às 19h30, no Teatro José de Alencar, o Coral do IFCE apresentará o espetáculo cênico-musical Alucinação. Com estreia no final do ano passado, em celebração aos 60 anos de suas atividades, o grupo cultural já fez diversas apresentações de Alucinação no Estado, levando as canções do músico e poeta a vários equipamentos culturais. Com a recente morte de Belchior, o Coral foi convidado a se apresentar no TJA.
O novo sempre vem, como na canção de Belchior, 70, o aniversariante da semana, por mais que você ame o passado e não veja, por mais que vote em ninguém e esteja desiludido à esquerda e à direita, por mais que você surfe na crista da onda conservadora que varre o Brasil inteiro…
Por Xico Sá*, no El País
Não posso dizer que tive uma paixão arrebatadora pela MPB, talvez um “amor”, daqueles que a gente encontra na vida, que cresce ao seu lado, mas que se revela forte quando se compreende que não seria a mesma pessoa sem entender o contexto que retratavam aquelas músicas. Significava o que vivi “e tudo que aconteceu comigo”.
Por Eliz Brandão
A dor e a saudade dos retirantes, as lutas e os sonhos da juventude, a alegria de viver e o sofrimento nessas ilhas cheias de distâncias, dos sertões existentes ou não. Os amores proibidos, a curva no caminho, a alucinação do dia a dia, a solidão das pessoas nessas capitais, um preto, um pobre, um estudante, uma mulher sozinha, o horror dos farsantes trogloditas fascistas. Quase tudo está lá nas canções cortantes como uma lâmina de Belchior.**
Por Antônio Carlos de Freitas Souza*
Quando dei por gente a primeira vez, num sertão distante no tempo, profundo na geografia do país, já havia um tempo negro entre nós, e a força já fazia conosco o mal que a força sempre faz.**
Joan Edesson de Oliveira*