Presidente recorre à mentira para atacar memória do pai do presidente da OAB, desaparecido político, morto pela ditadura militar.
Por Eumano Silva – Metrópoles
O Brasil e o estado de São Paulo têm sofrido profundamente com as consequências do desmonte das políticas públicas provocado por Jair Bolsonaro (PSL) e João Doria (PSDB). A dupla está empenhada em confirmar o que as expectativas mais pessimistas projetavam: a implantação de uma agenda de retrocessos.
Por Maria Izabel Azevedo Noronha*
Felipe Santa Cruz respondeu a Jair Bolsonaro, que agrediu a memória de Fernando Santa Cruz, pai do advogado e morto sob tortura nos porões do regime militar, exaltado pelo ex-capitão. O dirigente da OAB chamou de inqualificáveis as declarações de Bolsonaro, por ele qualificado como cruel. Para ele, o presidente se incomoda com "a defesa que fazemos da advocacia, dos direitos humanos, do meio ambiente, das minorias e de outros temas da cidadania que ele insiste em atacar".
O colégio de presidentes da OAB, de Defensores Públicos Gerais (Condege), o Sindicato dos Advogados do Estado do Rio de Janeiro, e a comissão Nacional de Defesa das Prerrogativas da Advocacia repudiaram a fala do presidente da República Jair Bolsonaro sobre o pai do Felipe Santa Cruz, presidente da OAB, que foi morto na ditadura militar.
A vice-governadora de Pernambuco e presidenta nacional do PCdoB, Luciana Santos, classificou como repugnante o comportamento de Jair Bolsonaro que se referindo a Felipe Santa Cruz, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), disse que sabia como o seu pai havia desaparecido na ditadura militar e ainda se ofereceu para contar.
Numa provocação a Felipe Santa Cruz, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Bolsonaro afirmou que se ele quiser saber como o pai dele desapareceu na ditadura iria contar. Fernando Santa Cruz Oliveira, pai do presidente do órgão, desapareceu após ter sido preso por agentes do regime militar no Rio.
Ao incitar ódio contra minorias, liberar armas e facilitar a exploração de terras indígenas, Bolsonaro suja as mãos de sangue das vítimas da agressão ao povo waiãpi, no Amapá.
Por Renato Atayde e Nathanael Zalouth, de Macapá
Bolsonaro comete crimes contra os povos originários do Brasil, contra o meio ambiente, a preservação da Amazônia e contra a soberania nacional.
O povo Wãiapi ou "Wajãpi", por mais de duzentos anos, ocupa vasta área na parte oeste do Amapá e que se estende até a Guiana Francesa. Teimosos, valentes e resistentes, a gente wãiapi sobrevive!Segundo dados do Instituto Sócioambiental (disponível na internet) ainda restam 1221 desses indivíduos no Brasil e; 950 na Guiana Francesa.
*Por Ângelo Cavalcante
Enquanto discutimos o inglês macarrônico ou o hambúrguer frito do 03, ou, enquanto discutimos se há fome no país campeão das desigualdades sociais, ou seja, enquanto a imprensa, no geral, e a oposição em particular, mordem as iscas do marketing do capitão, prossegue a desconstituição do que poderia ser, e quase foi, um grande país.
Jair Bolsonaro foi eleito presidente sem que o país conhecesse circunstâncias sobre o mais grave episódio que marcou sua carreira militar e antecedeu sua entrada para a política: o plano de explodir bombas em quartéis do Rio, em protesto contra os baixos soldos em 1987.
A nossa antiga tendência a mimetizar americanos e europeus está se fazendo sentir outra vez, agora com consequências deploráveis e verdadeiramente dramáticas.