Comitiva do governo brasileiro traz para o Brasil um saldo altamente negativo.
Pesquisa realizada pelo Ibope e divulgada nesta quarta-feira ( 20) mostra que o presidente Jair Bolsonaro despencou 15 pontos percentuais de popularidade em apenas dois meses de governo. Para algumas lideranças políticas da oposição, o presdidente vai descendo a ladeira e batendo recordes de rejeição.
“A crise consiste precisamente no fato de que o velho está morrendo e o novo ainda não pode nascer. Nesse interregno, uma grande variedade de sintomas mórbidos aparecem.”
Por Katu Arkonada*
No domingo, Bolsonaro embarcou para os Estados Unidos para se reunir com empresários e o presidente Donald Trump. Com razão, ele anda preocupado com sua imagem pública de racista e ditador lá fora. Para mudar isso, o governo trocará o embaixador brasileiro em Washington, Sérgio Amaral, “que não estaria vendendo uma boa imagem do Brasil no exterior”. Será que vai funcionar? Minha andança recente pelos EUA me passou a impressão de que a tentativa será em vão.
Por Rosana Pinheiro-Machado*
Fissuras no governo do direitista Jair Bolsonaro aparecem o tempo todo. Uma delas, que se agrava, são as preocupações da cúpula das Forças Armadas com o capitão-presidente que, durante a viagem de Bolsonaro aos EUA, se manifestaram com força, causando alarme entre muitos generais, diz artigo publicado nesta terça-feira (19) na Folha de S. Paulo sob o título "Forças Armadas entram em alerta pelo tom belicista de Bolsonaro".
Questionado sobre a posição do Brasil no caso de uma intervenção militar por parte dos Estados Unidos na Venezuela, o presidente Bolsonaro foi evasivo, porém, não descartou apoio aos norte-americanos.
A deputada federal Jandira Fehali (PCdoB-RJ), líder da Minoria na Câmara dos Deputados, diz que como brasileira o sentimento é de vergonha ao analisar a visita da comitiva brasileira aos estados Unidos. Segundo ela, o discurso dele é pelo comportamento, sem agenda e nem propostas. Na sua opinião, a viagem é marcada pela “absoluta subserviência e deslumbre infantil” que o presidente demonstra nos EUA.
Várias lideranças políticas do país estão atônitas com a visita de Jair Bolsonaro aos Estados Unidos. Numa postura de total submissão, o presidente aceita abrir mãos de vistos aos norte-americanos sem reciprocidade para os brasileiros, faz discursos toscos e piadinhas homofóbicas. Uma postura bem diferente dos presidentes que lhe antecederam nas viagens àquele país.
Por Iram Alfaia
"Não se pode relacionar diretamente Jair Bolsonaro a este crime. Porém, é inegável que a vitória do discurso de ódio encoraja os anônimos que se sentem incitados pelo comportamento explosivo do presidente".
Por Mariana Serafini, para a Carta Maior
Jair Bolsonaro monta uma política externa inédita. Anula qualquer prerrogativa soberana, compra brigas que não são suas que pode acarretar perda expressiva de espaço no comércio mundial. O caso da Venezuela é emblemático.
Por Gilberto Maringoni*
Para Reginaldo Nasser, Trump e Bolsonaro dão a impressão de que a política externa se faz no Twitter. Na opinião de Rodrigo Gallo, discurso de alinhamento com EUA não é produtivo para o Brasil.
Por Eduardo Maretti, da RBA