“Será necessário um grande malabarismo retórico para não considerar esse discurso como explícita manifestação de um pensamento irremediavelmente autoritário, de quem acredita que a democracia é apenas um favor dos militares aos civis”, diz editorial desta sexta (8) do Estadão numa espécie de cruzada arrependida contra Bolsonaro. Em solenidade militar na quinta (7), no Rio, o presidente afirmou que “democracia e liberdade só existem quando as Forças Armadas assim o querem”.
Em mais um episódio desastroso, Bolsonaro voltou a desperta críticas por parte de oposicionistas ao seu governo. Numa cerimônia de aniversário do Corpo de Fuzileiros Navais, no centro do Rio, ele disse nesta quinta (7) que vai “governar ao lado daqueles que respeitam a família e que democracia só existe se as Forças Armadas assim o quiserem”.
Por meio de nota técnica, o Ministério Público Federal (MPF) concluiu nesta quinta (7) que a Medida Provisória 807/2019, editada pelo governo de Jair Bolsonaro sobre política indigenista, “afronta o estatuto constitucional indígena e viola o direito dos povos originários à consulta prévia, previsto na Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT)”.
Tem custado caro ao Brasil a retórica anti-China feita por Bolsonaro durante as eleições de 2018. Depois dos EUA anunciarem que os chineses se comprometeram em comprar mais de 10 milhões toneladas da soja daquele país em detrimento do agronegócio brasileiro, agora a China travou a liberação de R$ 40 bilhões para financiar uma linha de transmissão de energia de Belo Monte (PA) até o Rio de Janeiro.
Um resumo diário das principais notícias internacionais
Primeira folia da era Bolsonaro teve críticas ao presidente e Governo. Na noite de terça, ele reagiu no Twitter ao postar vídeo de homem urinando em outro quase nu e associar cena a blocos de rua.
Por Joana Oliveira, do El Pais
Em mais um "balão de ensaio", o mandatário diz que o Brasil desperdiça verbas em educação, e lança bases para uma campanha repressiva no setor.
Por Flávio Aguiar, na RBA
Jornais comentam publicações do presidente
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), deu a melhor resposta ao presidente Bolsonaro sobre o Carnaval, que publicou um vídeo obsceno no Twitter para atacar a folia.
"A disputa é entre civilização e obscurantismo. O objetivo é reescrever a história destruindo valores consagrados do humanismo. Querem quebrar a espinha dorsal de nossa brasilidade".
Por Ricado Cappelli*
Seria importante que mídia, Judiciário, juristas, partidos políticos, se dessem conta, enquanto é tempo, do monstro político que estão criando.
Por Luis Nassif
“Quando se ataca a arte de um país, quando se ataca os ‘artistas’ brasileiros, se ataca a alma do povo desse país. Mereço respeito pelo que sou, pelo que represento e pelo que faço constantemente pela sociedade brasileira em diversas causas, não apenas na arte”