É muito cedo para uma interpretação segura do que será o governo Bolsonaro, mas seus primeiros dias no posto, em especial com as questões da redução da idade mínima para a aposentadoria e da extensão das novas privatizações (rejeitadas pela população, segundo o Datafolha), confirmam minhas dúvidas. Que talvez possam ser mais bem entendidas se considerarmos as possíveis formas de governo.
Por Luiz Carlos Bresser-Pereira*
Com pouco mais de uma semana de mandato, o governo de extrema direita de Jair Bolsonaro (PSL) acelera o projeto de desmonte do patrimônio público brasileiro. Na terça-feira (8), o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, afirmou que o governo Bolsonaro tem projeções para privatizar ou liquidar cerca de 100 estatais nos próximos meses.
Após promover o filho do vice Mourão no Banco do Brasil, Jair Bolsonaro gera nova indignação ao interferir a favor da indicação de um “amigo particular” para ocupar a Gerência Executiva de Inteligência e Segurança Corporativa da Petrobrás. Para atender ao pedido do presidente, a direção da empresa violou o próprio Plano de Cargos e Remuneração (PCR) e nomeou um profissional pleno para um cargo sênior, triplicando o seu salário.
Três notinhas publicadas pela mídia corporativa nesta semana deveriam servir de alerta à egoísta e tacanha pequena burguesia, também chamada de classe média, que é composta por microempresários, profissionais liberais, empreendedores e outros resíduos capitalistas.
Em seus primeiros dias, o Governo Bolsonaro atuou como se previa: contra os trabalhadores, os interesses nacionais, o Estado laico, o ensino público de qualidade. Uma prévia dos seus previstos quatro anos de duração. Mas, contra a reação, a ação: denúncias e protestos de vários setores da sociedade – inclusive de alguns que o apoiam –, o fizeram recuar de vários de seus disparates.
Por Carlos Pompe*
Em dez dias de existência, a gestão Jair Bolsonaro já coleciona uma série de idas e vindas, que expuseram divergências entre setores governistas e motivaram sucessivas explicações de autoridades. Para o ex-deputado e ex-presidente da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Haroldo Lima, trata-se de um começo de governo "estapafúrdio"
Integrantes de movimentos populares e venezuelanos que vivem no Brasil se reuniram para acompanhar a posse do segundo mandato do presidente da Venezuela Nicolás Maduro, e se solidarizar com o novo governo. Em Brasília, a dirigente do PCdoB, Ana Prestes participou do ato na embaixada e em Caracas o vice-presidente do Partido, Walter Sorrentino esteve representando o PCdoB na posse do presidente Maduro.
Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) avisou hoje em seu Facebook que não vai depor no Ministério Público do Rio de Janeiro nesta quinta-feira, 10, sobre a movimentação suspeita de R$ 1,28 milhão de seu ex-assessor Fabricio Queiroz; senador eleito disse que "não é investigado" e "não teve acesso aos autos" para justificar a ausência no depoimento. Até agora, nenhum dos envolvidos no bolsogate prestou algum esclarecimento sobre o caso ao Ministério Público
Alex Carreiro foi demitido menos de uma semana após sua nomeação na Apex, agência do governo federal responsável pela promoção de exportações. A indicação de seu nome foi meramente política, já que Carreiro não possuía a qualificação que o cargo exige, e isso causou constrangimento entre diplomatas. Sua nomeação partiu diretamente do presidente Jair Bolsonaro, que ficou sabendo da demissão pelo Twitter
Em dois vídeos divulgados por ele próprio nas redes sociais, o estudante de direito do Mackenzie, Pedro Bellitani Baleotti, 25, aparece segurando um revólver e ameaça matar "vagabundo com camiseta vermelha". Ao avistar duas pessoas negras em uma moto, ele afirma: “Tá vendo essa negraiada? Vai morrer! Vai morrer! É capitão, caralho”, numa referência ao então candidato Jair Bolsonaro (PSL), de quem Pedro diz ser fã e eleitor.
O ex-candidato do PDT à presidente da República Ciro Gomes voltou a criticar o presidente Jair Bolsonaro. Para o pedetista, Bolsonaro poderá perder rapidamente o capital político que acumulou na eleição presidencial.