Não é o propósito deste artigo tratar das dificuldades econômicas que o Brasil está enfrentando no momento presente. Todos sabemos a respeito do aprofundamento do quadro recessivo, do aumento do desemprego e da redução sistemática da capacidade do Estado em oferecer os serviços básicos de cidadania a sua população.
Por Paulo Kliass*
A presença da Fiesp na linha de frente da coalizão que defende o impeachment da presidenta Dilma Rousseff reflete o caráter de parte dos empresários brasileiros, que também apoiou o golpe de 1964. A avaliação é do doutor em Ciências Sociais e professor da PUC-MG, Robson Sávio Reis Souza. Segundo ele, o empresariado nacional sempre foi “subserviente do capitalismo global” e avesso a “reformas estruturais que pudessem mexer em seus privilégios”.
Por Joana Rozowykwiat
A atriz Maria Flor convoca todos a participarem, nesta quinta-feira (31), do ato pela democracia e contra o golpe. "Não existe nada, nesse momento, que prove que a Dilma fez alguma coisa que ela mereça sair", diz, no vídeo abaixo.
Há cerca de um ano, em 30 de março de 2015, o vice-presidente Michel Temer utilizava a sua conta no Twitter para colocar-se terminantemente contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Nesta terça (29), dia em que a legenda que comanda, o PMDB, desembarca do governo, já está claro o seu papel como um dos timoneiros do golpe em curso.
Em seu mais recente artigo, o analista de geopolítica internacional Pepe Escobar analisa o atual cenário político do Brasil à luz da influência externa sobre o país. Para ele, tanto o Brasil, como a Rússia, estão sob ataque do que o autor chama de ‘Guerra Híbrida’, uma mistura de ‘revolução colorida’ com ‘guerra não-convencional.
Não é novidade para ninguém o papel de protagonista político que a Rede Globo adquiriu no Brasil desde os males de sua origem (na ditadura civil-militar) até o momento atual. Sempre apoiando o “Partido da Ordem”, se revelou tendenciosa, parcial, seletiva em tudo o que se refere a algo classificado como pauta de esquerda, ainda que essa definição seja vaga e imprecisa.
Por Reginaldo Nasser*
O pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff – levado à análise por um presidente da Câmara que responde no STF por corrupção passiva e lavagem de dinheiro – baseia-se nas chamadas “pedaladas fiscais”. Especialistas têm alertado que um afastamento de Dilma por estas razões poderá provocar um efeito cascata, abrindo brecha para pedidos de afastamento e de punição para cerca de 17 governadores, que também praticaram este corriqueiro tipo de manobra fiscal.
Assim como diversas instituições religiosas, a Igreja Episcopal e Anglicana do Brasil (IEAB) divulgou nota na qual defende o respeito às leis e ao Estado Democrático de Direito no Brasil. “Estão em jogo dois projetos de sociedade: um que prega a continuidade dos avanços dos direitos sociais da maioria do povo brasileiro e outro que se constrói sobre pressuposto conservador, autoritário e que serve apenas às elites e seus interesses”, diz o texto.
O cantor carioca Carlos Leoni Rodrigues Siqueira Júnior, mais conhecido como apenas Leoni, gravou um vídeo no qual se declara contrário ao golpe a favor da democracia.
Organizações sociais, sindicais e estudantis lançaram nesta segunda-feira (28) o Comitê Pró-Democracia no Congresso Nacional. O grupo fará uma série de atividades pelo Brasil para pressionar os parlamentares em favor da democracia e denunciar a tentativa de golpe do Ministério Público, do Judiciário e de setores da oposição.
Por Iberê Lopes
O pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff não tem nada a ver com a Operação Lava Jato, nem com qualquer outra iniciativa de combate à corrupção.
Por Igor Fuser*
Nas três eleições diretas para presidente, o projeto neoliberal vencedor no Brasil (1989, 1994 e 1998) não chegou a ser apresentado enquanto tal para o veredito da sociedade. Nos programas políticos de governo apresentados nos debates eleitorais, palavras ou expressões como ‘privatização’, ‘redução dos direitos sociais’, ‘transferências de renda para os ricos’, ‘encolhimento de oportunidades’ e ‘estancamento da mobilidade social’ jamais foram explicitadas.