O Reino Unido enviou uma carta à embaixada do Equador em Londres solicitando a retomada das conversações sobre o caso do fundador do Wikileaks, Julian Assange.
O presidente Rafael Correa manifestou nesta segunda-feira (20) seu agradecimento aos povos latino-americanos pelo apoio dado ao Equador depois que esta nação foi ameaçada pelo Reino Unido de invadir sua embaixada em Londres se concedesse asilo ao fundador do Wikileaks, o jornalista australiano Julian Assange.
A crise diplomática gerada pela aceitação do asilo de Julian Assange pelo Equador reflete as novas condições do mundo contemporâneo. Em primeiro lugar, porque as mídias alternativas conseguiram grande vitória sobre o segredo diplomático das grandes potências, logrando colocar à disposição da opinião pública mundial mais de 5 mil documentos até ali considerados secretos.
Por Emir Sader*, em seu blog
Os países da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) realizaram neste domingo (19) uma reunião em caráter de urgência a pedido do Equador diante das ameaças britânicas contra a soberania deste país.
Julian Assange fez neste domingo (19) sua primeira aparição pública em dois meses na sacada da embaixada equatoriana em Londres. O fundador do WikiLeaks agradeceu a todos os que o estão apoiando em seu pedido de asilo ao Equador, em especial as nações latino-americanas. Ele pediu a liberdade para Bradley Manning e disse os Estados Unidos precisam acabar com a "caça às bruxas contra o WikiLeaks".
O Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz) é solidário ao Equador em sua decisão soberana de conceder asilo político ao jornalista fundador do Wikileaks, Julian Assange. Leia a íntegra da carta em solidariedade àquele país, enviada pela presidenta da entidade, Socorro Gomes, ao embaixador equatoriano no Brasil Hernán Yánes
O presidente Rafael Correa afirmou neste sábado que o Equador não aceitará pressões como a que está sendo feita pelo Reino Unido sobre o país depois da concessão soberana do asilo político ao jornalista australiano Julian Assange.