Nesta segunda-feira (7), um grupo de estudantes secundaristas ocupou a prefeitura de Santiago em protesto contra a privatização do ensino no país. Em uma das varandas do prédio, foi colocado um cartazes onde se lia: "A educação é um direito e a recuperaremos brigando".
Chile enfrenta a partir deste domingo (6) um novo cronograma de mobilizações sociais, enfocadas na crítica à institucionalidade do país, herdada da ditadura militar de Augusto Pinochet (1973-1990).
Há dez anos, comunidades indígenas chilenas de Huasco, no Vale de Huasco, lutam contra a atividade mineira, iniciada no local com o projeto Pascua Lama, da transnacional Barrick Gold. Por conta dos 32 anos da comuna de Alto de Carmen, a população protestou e lançou comunicado em que exige a revogação do Tratado de Integração Mineira, assinado pelo Chile em 1998, e a expulsão de todas as mineradoras de seu território.
Em uma manifestação massiva, realizada na Plaza de Armas de Santiago, representantes de entidades estudantis, sindicais, ecologistas, feministas e pela diversidade sexual exigiram uma nova Constituição. A carta magna atual do país foi gestada durante a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990).
A Frente "Democracia para o Chile" que aglutina cerca de70 organizações sociais e cidadãs, convocou a uma concentração para a próxima quinta-feira em Santiago para reivindicar o estabelecimento do plebiscito vinculante como exercício democrático.
Os estudantes chilenos, mobilizados há seis meses por reformas na educação do país, sairão hoje às ruas para "combater a desinformação" sobre o movimento estudantil.
O Serviço Médico Legal do Chile identificou os restos mortais do médico francês Georges Klein, assessor do ex-presidente Salvador Allende desaparecido há 38 anos após o golpe de Estado de Augusto Pinochet em 1963.
Uma pesquisa realizada no Chile aponta que a maioria dos cidadãos não acredita que o governo do presidente Sebastián Piñera poderá resolver o conflito por reformas estruturais na educação do país.
Em meio à tensão e à violência dos protestos no Chile, parlamentares e o ministro da Educação do país, Felipe Bulnes, retomaram nesta segunda-feira (24) as discussões sobre as propostas de investimentos em ensino na Subcomissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional. O debate foi interrompido no último dia 20, quando estudantes ocuparam o Parlamento e só se retiraram após oito horas.
Em rechaço às medidas trabalhistas e salariais, sindicatos de trabalhadores de transporte em Santiago, capital do Chile, iniciaram nesta segunda-feira (24) uma greve indefinida. A paralisação afeta mais de dois milhões de cidadãos.
Os estudantes mostraram o caminho. O apoio popular à luta pela reforma do sistema educacional no Chile, com a implantação do ensino superior gratuito, encorajou outros setores a lutar pela cobertura universal de serviços públicos. Um bom exemplo são os movimentos que passaram a pleitear o direito universal à saúde.
A Confederação de Estudantes do Chile (Confech) resolveu recorrer à Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) para denunciar "abusos e torturas" por parte dos carabineiros (policiais militares) contra os manifestantes que têm protestado por uma educação melhor no país.