Este sábado (14), marca os cem anos de nascimento do cineasta e dramaturgo sueco Ingmar Bergman. Ao longo de sua vasta filmografia, com cerca de 60 títulos, ele revolucionou a história do cinema e deixou clássicos como Persona, O Sétimo Selo e Gritos e Sussurros.
A abertura oficial é no dia 04 de agosto, mas o 28º Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema já deu início à programação com a Mostra Os Trapalhões, que realiza no Cineteatro São Luiz, em parceria com a Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult). Com acesso gratuito, a mostra começou no dia 04 de julho e se estende até o dia 27, com exibições de filmes que marcaram a trajetória de Didi, Dedé, Mussum e Zacarias, responsáveis por algumas das maiores bilheterias do cinema brasileiro.
“O Estado do Ceará precisa reconhecer o Cine Ceará como um valioso patrimônio cultural. A sua realização anual, não deveria mais depender apenas de patrocinadores eventuais e cada vez mais difíceis, mas ser assegurada por lei, com dotação própria. Um evento de tal grandeza levou décadas para se consolidar e foi construído com o esforço de centenas de pessoas. O atual boom do cinema cearense muito deve a esse evento”.
Por Rosemberg Cariry*
Sob qualquer ponto de vista, o traço essencial de nossa formação como sociedade, nosso pecado original, nosso trauma não resolvido, é sem dúvida a escravidão, que imperou oficialmente entre nós por mais de trezentos anos e deixou marcas profundas. Dois filmes em cartaz, um de ficção e um documentário, investigam com brio e vigor essa infâmia histórica e seu legado de segregação e violência nos dias de hoje.
Por José Geraldo Couto*
“Se tivesse a idade dos rapazes do cinema novo creio que não escreveria mais: faria cinema”. Essa frase dita por qualquer ser humano, portador ou não do dom da escrita, brasileiro ou estrangeiro, revela o quanto o cinema pode ser sedutor. Essa frase dita – como foi dita – por Guimarães Rosa, em confidência a Glauber Rocha, revela o quanto o cinema, e o poder da imagem que carrega, é uma tentação diabólica até para o maior de nossos feiticeiros imbuído do poder da palavra.
Por Evandro Souza*
O projeto Enel Compartilha Animação, que está produzindo o curta-metragem de abertura do 28º Cine Ceará junto a alunos da rede pública, teve sua primeira etapa concluída na última semana de maio. Agora em junho, o Núcleo de Cinema de Animação (NUCA) e a Casa Amarela Eusélio Oliveira, da Universidade Federal do Ceará (UFC), dão início à etapa de finalização.
Nesta terça-feira (12), a partir das 19h, a cineasta Maria Augusta Ramos visita o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, em São Paulo, para falar sobre o filme O Processo.
Tem filme que faz a gente rir, tem filme que faz a gente chorar, e tem filme como “Paraíso perdido”, que faz a gente se apaixonar.
Por Teddy Falcão*
Um judeu de criação antissionista busca de forma incansável e insegura um objetivo que não sabe descrever. As dualidades de um mundo obcecado pelo consumo e com territórios sob disputa estão refletidas no personagem do longa-metragem Los Territórios (Argentina/Brasil, 2017), com estreia prevista para 7 de junho (quinta-feira).
Uma cobrança do Ministério da Cultura (MinC) para que o cineasta Kleber Mendonça Filho devolva R$ 2,1 milhões por ter ultrapassado o limite de captação do longa metragem O Som ao Redor causou suspeita de perseguição política. O cineasta pernambucano é também diretor do filme Aquarius e ganhou visibilidade, em maio de 2016, ao denunciar no Festival de Cannes, junto com integrantes do elenco, o golpe contra a ex-presidenta Dilma Rousseff.
A primeira imagem de O processo é uma tomada aérea da Esplanada dos Ministérios, em Brasília, com a câmera avançando em direção à Praça dos Três Poderes por sobre a cerca que separa apoiadores e opositores do impeachment de Dilma Rousseff. É de um país cindido ao meio que tratará este filme impressionante, em cartaz no IMS Paulista e no IMS Rio
Por José Geraldo Couto *
A cineasta queniana Wanuri Kahiu pode ser condenada a uma longa prisão em seu país pela produção do longa-metragem Rafiki (amiga), que integra a seleção de Cannes de 2018. O filme é inspirado no romance Jambula Tree da ugandense Monica Arac de Nyeko e trata-se de uma reinterpretação de Romeu e Julieta com as protagonistas sendo duas mulheres que se apaixonam