Uma semana após adentrar as ruas de areia de Jericoacoara, movimentando a cidade no ritmo da sétima arte, chego ao fim, na última terça-feira (13), o VI Festival de Jericoacoara Cinema Digital. Com premiação, menção honrosa, homenagens e exibição do curta-metragem "Assim nascem canções", do diretor Francis Vale, a noite foi de emoção no Pólo de Atendimento à Criança e ao Adolescente de Jericoacoara.
Primeiro longa de Cristiane Oliveira, Mulher do Pai, estreia dia 22 de junho. É um filme encabeçado por mulheres e com uma temática feminina muito presente no roteiro. Protagonizado por Maria Galant e Marat Descartes, o filme conta a trajetória da adolescente Nalu, que, após a morte da avó, precisa cuidar de seu pai cego, mas, ao mesmo tempo, vive o dilema entre ser tecelã como a avó ou buscar uma nova vida longe da comunidade.
O VI Festival de Jericoacoara Cinema Digital movimentou a última segunda-feira (11), com filmes, oficinas e debates. Com entrada gratuita, a programação trouxe à cidade uma nova dinâmica e acesso à sétima arte.
O VI Festival de Cinema mudou a rotina de Jericoacoara neste final de semana, com filmes, oficinas e debates, sempre com entrada franca. No último domingo (11), a programação começou pela manhã, com a exibição do filme "Trem da Alegria", mais recente produção do cineasta cearense Francis Vale, diretor do festival.
O filme de Glauber Rocha, um ícone do Cinema Novo brasileiro, foi produzido em 1966 e estreado em 1967, poucos anos após o golpe militar. Glauber registra a luta das esquerdas brasileiras, contrárias ao golpe, e expressa uma crítica aberta a todos os que participaram do processo de instauração da ditadura. Suas personagens são como metáforas das diferentes tendências políticas presentes no Brasil daquele período, configurando o próprio mito da luta entre o povo e o poder.
Vencedor do prêmio Olho de Ouro em 2016, em Cannes, o documentário Cinema Novo, de Eryk Rocha, resgata a história de um dos mais importantes movimentos cinematográficos latino-americanos, a paixão dos diretores pelo cinema e seus sonhos de transformação do Brasil em um país mais justo e igualitário.
Por Xandra Stefanel
Em 2017 se comemoram os 50 anos de lançamendo de um ícone da cultura brasileira de resistência – o filme Terra em Transe, que estreou em 2 de maio de 1967. Obra do genial Glauber Rocha, que criou também filmes lendários, como Deus e o Diabo na Terra do Sol, rompeu com a estética americanizada, com o olhar agudo sobre as contradições brasileiras.
Por José Carlos Ruy
O primeiro plano-sequência de Terra em Transe, de Glauber Rocha, depois dos créditos sobre a tela negra, mostra a superfície ondulante do mar, na direção das ondas. Logo, o oceano encontra terra firme: um continente sombrio, no qual se vê primeiro um promontório, depois uma praia e, em seguida, uma massa escura e contínua. Ao fundo, tambores e cantos afro indicam que se está em algum ponto do Atlântico.
Por Luiz Antônio Araujo
Cinema com o pé na areia. Jericoacoara recebeu na noite da última quarta-feira (07), a abertura da sexta edição de seu Festival de Cinema Digital, que segue até o dia 13, com entrada franca em toda a programação, incluindo debates, oficinas e uma mostra competitiva com 30 curtas-metragens de realizadores de 13 estados brasileiros.
Dizemos sempre que o feminismo inclui todas as mulheres, mas será que nossa definição de feminismo reconhece a sororidade apenas para mulheres do Ocidente?
Por Isabelle Simões*
"Queimada é uma das centenas de Ilhas das Antilhas. O nome Queimada deve-se ao fato dos portugueses terem de queimar a ilha para vencer a resistência dos índios. Quase todos os nativos foram mortos. Trouxeram então escravos da África para trabalhar nos canaviais". A bordo de um navio, um tripulante explica ao diplomata inglês, Willian Walker (Marlon Brando) as características da ilha. O diálogo inicia "Queimada!", genial filme de Gillo Pontecorvo ("A Batalha de Argel").
Por Ricardo Flaitt*
Jovens aprenderão princípios de audiovisual em quatro dias de intensa programação. Realizado pelo povo Jenipapo-Kanindé, o projeto, apoiado pela Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult), através do Edital Ceará de Cinema e Vídeo, contempla aldeias de quatro etnias do Ceará, promovendo também o intercâmbio cultural entre elas.