O Polo Democrático Alternativo, principal grupo de oposição na Colômbia, divulgou a decisão de não apoiar nenhum dos dois candidatos que disputarão o segundo turno das eleições presidenciais da Colômbia – nem governista Juan Manuel Santos, nem o integrante do partido Verde, Antanas Mockus. A definição aconteceu após Mockus recusar um acordo programático proposto pelo Pólo. A última etapa do pleito acontecerá no dia 20 de junho.
A poucos dias do segundo turno das eleições presidenciais da Colômbia, a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, visitou Bogotá, reuniu-se com os candidatos e firmou novos acordos de cooperação com o mandatário Alvaro Uribe. Economia, bases militares, direitos humanos, sindicalismo e cultura foram os temas tratados nas conversas de Hillary, em sua primeira visita ao país.
Com a aguda crise de desemprego, pobreza e desigualdade a que o modelo neoliberal conduziu na Colômbia, fica difícil que se atrevam a defender abertamente os princípios da espécie desacreditada do fundamentalismo de mercado. Agora o fazem com subterfúgios. Com “novos” termos alcunhados pelo uribismo: confiança de investidores, coesão social e segurança democrática. Os três valores que os candidatos Mockus e Santos se comprometeram a defender até a morte.
Por Juan Federico Moreno, em Sin Permiso
Tentando retomar a influência que os Estados Unidos perderam na América Latina, a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, adotou discurso conciliador mas pouco covincente, nesta terça, em visita ao Equador, onde foi alvo de protestos. Citando os heróis Simón Bolívar e José Martí, ela defendeu que o acordo militar com a Colômbia respeita a integridade dos países da região. Elogiou o presidente Rafael Correa e falou sobre a importância de reduzir a desigualdade social na região.
Numa previsível receita para a derrota, o candidato presidencial do Partido Verde na Colômbia, Antanas Mockus, descartou nesta semana alianças políticas com os partidos derrotados no primeiro turno das eleições, no domingo passado.Mockus disputará o segundo turno contra o candidato governista de direita, Juan Manuel Santos.
A situação política na Colômbia está em plena ebulição com a corrida para a obtenção de alianças tendo em vista o segundo turno da eleição presidencial a realizar-se em 20 de junho. Logo depois de conhecidos os resultados do primeiro turno, os dois principais concorrentes, o uribista Juan Manuel Santos e o oposicionista Antanas Mockus, começam a mover as peças do xadrez político para conquistar apoios.
O candidato à presidência da Colômbia pelo Partido Verde (PV), Antanas Mockus, disse nesta segunda-feira (31), que irá retificar sua campanha eleitoral para poder concorrer no segundo turno com o ex-ministro da Defesa e candidato governista, Juan Manuel Santos.
Mockus sofre as consequências das estratégias de campanha dos candidatos menores na reta final, que pediram ao eleitor o voto no candidato favorito no primeiro turno, e só depois fazer “voto útil” no segundo turno. Mas as pesquisas não conseguiram avaliar as forças das máquinas políticas contra o voto ideológico.
As eleições presidenciais colombianas terão segundo turno entre o candidato governista Juan Manuel Santos, do Partido de Unidade Nacional, e o oposicionista Antanas Mockus, do Partido Verde. Com 99% dos votos apurados neste domingo (30), o aliado do presidente Alvaro Uribe teve o dobro de sufrágios do rival em uma votação cercada de acusações de fraude, intimidação de eleitores e até mortes.
O candidato do partido Verde à presidência da Colômbia, Antanas Mockus, um dos favoritos na disputa de um possível segundo turno, disse neste domingo que pretende se inspirar na política fiscal do governo brasileiro para implementar reformas sociais.
A eleição presidencial que se avizinha na Colômbia (acontece neste domingo) pode dar um fim ao uribismo, mas isso não significa, necessariamente, uma mudança radical nas políticas implementadas pelo governo colombiano na última década.
Por Marcelo Salles*, em O Escrevinhador
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, sugeriu que, com as eleições do próximo domingo na Colômbia, podem se abrir as portas para o reinício das relações com esse país. Durante um discurso na instalação do comando de campanha socialista Bolívar 200, Chávez pediu para que o novo governante da nação vizinha seja uma pessoa com quem se possa falar e chegar a mínimos acordos de respeito.