No penúltimo debate antes da eleição de domingo (30/5), os dois candidatos na dianteira na corrida pela presidência da Colômbia – Antanas Mockus, do Partido Verde e Juan Manuel Santos, do Partido Social da Unidade Nacional – apresentaram posições idênticas quanto ao tema de segurança nacional, principalmente no trato com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). Os dois estão tecnicamente empatados nas pesquisas de intenção de voto.
A acusação de que Santiago Uribe, irmão do presidente Álvaro Uribe, financiou e comandou um esquadrão de extermínio de ultradireita – mais um dos vários grupos paramilitares da Colômbia – esquentou o clima político no país a poucos dias da eleição presidencial.
Em 27 de maio, a guerrilha colombiana FARC-EP completa 46 anos de existência. Para marcar a data, lançou um manifesto reafirmando seus princípios, homenageando seus mártires e defendendo o acordo humanitário e a paz justa na Colômbia. Leia a íntegra abaixo.
A Missão de Observação Eleitoral, que integra várias organizações civis que acompanharão as eleições presidenciais da Colômbia, acredita que o maior risco no pleito do próximo domingo é a intervenção do Executivo em favor de um candidato.
Pesquisas divulgadas neste sábado (22) revelam uma dura situação para as forças políticas lideradas pelo presidente da Colômbia, o ultraconservador Álvaro Uribe, nas eleições presidenciais do país.
Na Colômbia, milhares de pessoas estão sendo deslocadas forçadamente de seus territórios, em atos que lhes impedem o exercício de seus direitos humanos e eleitorais (o 1º turno das eleições presidenciais no país será realizado no dia 30 de maio).
As redes sociais da internet mudaram de vez a cara das campanhas eleitorais. Na disputa presidencial da Colômbia não está sendo diferente. O principal expoente de tal fenômeno é o candidato do Partido Verde, Antanas Mockus, que impulsionou sua candidatura pela web e tornou-sesétimo político com mais seguidores no Facebook no mundo todo.
O congresso colombiano deve iniciar, na sexta, os debates sobre a iniciativa apresentada pelo governista Partido Social da Unidade Nacional, que pretende estabelecer a figura de senador vitalicio em favor do presidente Álvaro Uribe. Caso seja aprovada, a medida possibilitaria a Uribe, que conclui seu mandato em agosto, manter sua influência política. O governante, alvo de várias denúncias, também teria o privilágio de ser julgado apenas pela Corte Suprema.
O candidato à presidência da Colômbia pelo Partido Verde, Antanas Mockus, descartou uma aliança com a esquerda, representada pelo Pólo Democrático, mas deixou em aberto a possibilidade de coalizão com o conservadorismo e o liberalismo para um provável segundo turno. Tal posicionamento joga luz nas dificuldades do quadro político colombiano, no qual há uma forte tendência de evitar que uma derrota do uribismo se transforme em uma mudança de fundo na postura conservadora que domina o país.
Uribe parecia um candidato imbatível, que triunfaria no primeiro turno, tendo no segundo lugar um candidato do seu aliado Partido Conservador, Noemi Sanin. A festa seria completa, barba cabelo e bigode, como se costuma dizer.
Por Emir Sader, em seu blog
A menos de um mês para as eleições presidenciais de 30 de maio na Colômbia, os candidatos Antanas Mockus, do Partido Verde, e Juan Manuel Santos, do Partido Social da Unidade Nacional, estão tecnicamente empatados. É o que afirma uma pesquisa da Ipsos-Napoleon Franco divulgada neste domingo (9).
A população de diversas regiões da Colômbia está amedrontada com a atuação dos grupos paramilitares. Cidadãos comuns, comunidades indígenas, acadêmicos e membros de entidades estudantis estão sendo ameaçados e atingidos pela guerra provocada por grupos paramilitares a poucos dias das eleições presidenciais. Os conflitos já provocaram uma morte e feriram nove pessoas.