O presidente da Colômbia Juan Manuel Santos inicia nesta quinta-feira (6) uma visita oficial ao Reino Unido, em que assistirá, em Londres, à apresentação da Rede Global de Pobreza Multidimensional. Depois disso, estenderá a sua viagem até o Oriente Médio, onde terá reuniões com empresários em Israel e uma reunião com o presidente palestino Mahmoud Abbas, a partir desta segunda-feira (10).
Nesta quarta-feira (5), o movimento político e social Marcha Patriótica convocou organizações sociais, partidos políticos e setores progressistas para defenderem os diálogos de paz entre o governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo (Farc-EP) “para evitar crises e surpresas”.
Após o governo colombiano manifestar seu interesse em ingressar na Organização do Tratado Atlântico Norte (Otan), como parceiro, pois devido à posição geográfica o país não pode incorporar-se como membro, várias lideranças e presidentes latino-americanos manifestaram seu repúdio para tal ato. O Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos de Luta pela Paz (Cebrapaz) emitiu uma nota em rechaço a atitude do governo de Juan Manuel Santos. Leia a íntegra da nota.
A secretária adjunta dos Estados Unidos para a América Latina, Roberta Jacobson, declarou, nesta segunda-feira (3), que os EUA apoiam a entrada da Colômbia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Após a enxurrada de críticas dos demais países latino-americanos, o governo colombiano esclareceu, nesta terça (4) que a intenção do país é ser parceiro da organização e não membro.
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo (Farc-EP) denunciaram nesta terça-feira (4) , em Havana – sede permanete dos diálogos de paz entre a guerrilha e o governo de Juan Manuel Santos – o fechamento da sua página no Facebook.
Por mais que se discuta, qualquer acordo econômico é também um compromisso político. O pensamento neoliberal apresenta suas opções políticas (por exemplo, promover um modelo econômico que enriquece os ricos e espolia os pobres) como se fossem resultado de cálculo técnico ou de alguma racionalidade abstrata, quando, na verdade são exatamente o contrário.
Por Atilio Borón
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em visita à Colômbia, reiterou o seu respaldo ao processo de paz entre o Governo e a força insurgente das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo (Farc-EP), durante um encontro com o prefeito de Bogotá, capital colombiana, Gustavo Petro, nesta segunda-feira (3), e um encontro com o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, nesta terça-feira (4).
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) informou nesta segunda-feira (3) que está preparando um acordo com a Colômbia que “permitiria a troca de informações secretas entre a Aliança e a Colômbia”. No entanto, esclareceu que o país não cumpre com os critérios geográficos para entrar na organização. Presidentes latino-americanos condenam a intenção do país.
O presidente da Bolívia, Evo Morales, qualificou de "ameaça para a região" a decisão da Colômbia de unir-se a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e pediu uma reunião extraordinária do Conselho de Segurança da União das Nações Sul-americanas (Unasul).
A suposta iniciativa de incorporar a Colômbia a um organismo militar como a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) atenta contra a unidade latino-americana e caribenha. A denúncia foi feita pelos governos da Nicarágua e da Venezuela. O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, denunciou que "querem colocar dinamite na medula das conquistas na união da América Latina, do Caribe, da América do Sul”.
O chanceler da Venezuela, Elías Jaua, ratificou nesta segunda-feira (3) o compromisso de seu governo com a paz na Colômbia, apesar das tensões derivadas da postura do presidente Juan Manuel Santos de receber o dirigente opositor Henrique Capriles.
Foram necessários seis meses, muitas idas e voltas, houve tensão em determinados momentos, desalento em outros, mas finalmente o governo colombiano do presidente Juan Manuel Santos e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, as Farc, chegaram a um acordo. E essa é uma notícia boa: no primeiro e mais complexo ponto de uma agenda de seis temas chegou-se a um acordo entre a guerrilha mais antiga da América Latina e o governo constitucional da Colômbia.
Por Eric Nepomuceno, na Carta Maior