Pesquisadores afirmam que opção política do governo Temer para os preços dos combustível é equivocada.
Leio na Folha de S.Paulo, edição de domingo 27 de maio, instigante interpretação do movimento paredista dos caminhoneiros.
Por Luiz Gonzaga Belluzzo
A Agência Nacional do Petróleo (ANP) anunciou que vai passar a controlar o prazo dos reajustes dos combustíveis, hoje quase diários. Uma consulta pública tratará do tema. Até agora, contudo, as mudanças cogitadas na política de preços da Petrobras podem até dar maior “previsibilidade” aos valores dos derivados de petróleo, mas não devem significar folga no bolso do consumidor. Os reajustes seguirão pautados pelas variações no mercado internacional e no câmbio.
O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, admitiu nesta quarta-feira (6) que o desconto prometido aos caminhoneiros de R$ 0,46 no preço final do diesel não será atingido agora. Segundo o ministro, por enquanto, deve vigorar apenas a redução de R$ 0,41, já que o preço com a nova tributação é feito de 15 em 15 dias. Desta forma, o valor que vigorar até o dia 15 deste mês ainda não deve ter o desconto total.
O governo não está discutindo nenhum programa de subsídio para a gasolina. A afirmação é do ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, que participou hoje (5) do seminário Diálogo Público – Financiamento de Estados e Municípios: Desafios para um Novo Pacto Federativo, organizado pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
Para entender os acontecimentos que varreram o Brasil nos últimos dias é preciso ir além do que apresenta a velha mídia.
Por Maksandro Souza*
Professores do Instituto de Economia da UFRJ publicaram nota na qual criticam a política de pre;cos da Petrobras e apontam o absurdo que é a medida anunciada pelo governo Michel Temer no sentido de conceder subsídios ao diesel importado. Enquanto países ricos estão voltando a impor tarifas de importação, o Brasil pagará para que a Petrobras não tenha vantagens competitivas no mercado doméstico.
"O Brasil é um dos poucos países de dimensões continentais que não tem uma boa estrutura ferroviária e hidroviária. Se tivesse seria impossível paralisar o país com está ocorrendo".
Por Aluísio Arruda*
Em meio ao caos que sua política de preços de derivados causou ao país, o presidente da Petrobrás, Pedro Parente, volta a afrontar a sociedade e aumenta de novo a gasolina. A partir desta quinta-feira (31), o preço nas refinarias subirá 0,74% e passará a ser de R$ 1,9671 por litro. Só neste mês de maio, o preço do combustível nas refinarias já acumula alta de 9,42%.
Após as fracassadas tentativas de acordo para acabar com a paralisação dos caminhoneiros, o governo Temer aposta na edição de três medidas provisórias para pôr fim à crise no país. Após nova rodada de negociações, Temer editou três MPs – que chegaram nesta segunda-feira (28) ao Congresso – atendendo alguns dos pleitos dos caminhoneiros. No entanto, as medidas são vistas com preocupação pelo líder do PCdoB na Câmara, deputado Orlando Silva (PCdoB-SP).
Por Christiane Peres
Os órgãos de defesa do consumidor receberam várias reclamações de clientes por práticas abusivas cometidas pelos postos de combustíveis em meio à crise e greve dos caminhoneiros, que foi parcialmente suspensa na noite de ontem, mas que já gerou escassez dos produtos no Ceará.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, anunciou nesta terça-feira (22) um acordo para reduzir os preços do diesel e da gasolina. Maia disse em suas redes sociais que acertou com o senador Eunício Oliveira, que preside aquela Casa, e com o líder governista no Congresso, deputado Andre Moura (PSC-SE), para que os recursos arrecadados com a reoneração da folha de pagamentos sejam inteiramente direcionados para compensar a redução dos preços dos combustíveis.
Por Ana Luiza Bitencourt