Até maio, a Comissão Nacional da Verdade (CNV) deverá convocar representantes de várias empresas suspeitas de colaborar com a ditadura, sob qualquer forma. Depois desse mês, não haverá mais depoimentos. A CNV vai começar a elaborar seu relatório final, previsto para ser entregue em 26 de novembro.
O Ato Sindical Unitário "Unidos, Jamais Vencidos", que homenageará trabalhadores e dirigentes que foram perseguidos durante a ditadura militar no país, terá transmissão ao vivo pela internet. O evento ocorrerá no sábado (1º), em São Bernardo, e é promovido pelas centrais sindicais como Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), CSPConLutas, entre outras.
A comitiva que esteve no dia 23 de janeiro de 2014 na Vila Militar, em Deodoro (RJ), foi recebida com "muita cordialidade", segundo as palavras de Rosa Cardoso, membro da Comissão Nacional da Verdade. Tratamento diferente do que os ex-presos políticos, que acompanharam a visita, receberam 40 anos atrás, quando foram presos.
A Comissão Nacional da Verdade vai surpreender a todos, disse sexta-feira (24) a advogada Rosa Cardoso, que integra o colegiado, ao final de audiência pública no Arquivo Nacional. Na audiência, foram ouvidas vítimas de torturas e testemunhas de mortes ocorridas na Vila Militar de Deodoro, na época da ditadura, entre 1969 e 1973.
Mais de 40 anos depois de terem sido presos e torturados, ex-militantes da luta armada contrários ao regime militar voltaram nesta quinta-feira (23) para a antiga sede da Polícia do Exército na Vila Militar, no Rio de Janeiro.
Integrantes da Comissão Nacional da Verdade (CNV) fizeram nesta quinta-feira (23) uma diligência técnica nas dependências da antiga unidade da Polícia do Exército na Vila Militar de Deodoro, acompanhados por pessoas que foram torturadas na unidade durante a ditadura (1964-1985).
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) prorrogou para 15 de fevereiro o prazo para que todos os tribunais enviem informações sobre a tramitação de processos relativos a crimes cometidos durante a ditadura, com ênfase a partir de 1964.
À primeira vista, a fisionomia serena pode disfarçar o ímpeto aguerrido da advogada Rosa Maria Cardoso. De fala calma e argumentos fortes, a mulher que enfrentou tribunais militares na defesa de presos políticos como a presidenta Dilma Rousseff durante a ditadura militar é hoje a principal referência na Comissão Nacional da Verdade (CNV), criada em maio de 2012 para resgatar a história da violência praticada pelo Estado entre 1946 e 1988.
A Comissão da Verdade de São Paulo, grupo parlamentar criado pela Assembleia Legislativa de São Paulo para contribuir com a Comissão Nacional da Verdade, pretende mudar o foco dos trabalhos em 2014 para dedicar menos tempo aos depoimentos de vítimas da ditadura (1964-1985) e mais na identificação dos agentes de repressão da ditadura e a origem das ordens para sequestros, tortura e extermínio realizados pelo Exército e pela Polícia Militar.
O Congresso Nacional analisa a Medida Provisória (MP) 632/13, que prorroga por sete meses o prazo de funcionamento da Comissão Nacional da Verdade. A Lei 12.528/11, que criou a comissão, para examinar e esclarecer as violações de direitos humanos ocorridas durante o período de ditadura militar no Brasil, previa a conclusão das atividades após dois anos de sua instalação, que seriam completados em maio de 2014.
A morte do ex-presidente Juscelino Kubitschek ganhou uma nova explicação em 2013. A versão oficial, segundo a qual JK morreu em agosto de 1976 em um acidente de automóvel, foi contestada pela Comissão Municipal da Verdade de São Paulo Vladimir Herzog. Após uma série de audiências durante o ano para investigar a morte do ex-presidente, a comissão decidiu declarar, em dezembro, que houve assassinato.
Com o prazo para encerrar os trabalhos prorrogado para dezembro de 2014, a Comissão Nacional da Verdade (CNV) deve repetir no próximo ano procedimentos que deram mais transparência ao seu trabalho. De acordo com a integrante da Comissão Nacional da Verdade, Rosa Cardoso, o primeiro trimestre de 2014 será marcado pelas audiências públicas.