Da mesma maneira que a psicologia ajuda a pessoa a conhecer a si própria e assim mudar seu comportamento diante da realidade, reduzindo angústia e sofrimento, a Comissão Nacional da Verdade permite que a nação examine a si mesma para entender o que significou a ditadura (1964-85) e para que o episódio nunca mais se repita.
A Comissão Nacional da Verdade (CNV) vai investigar as atividades da chamada Operação Condor, aliança que teria sido estabelecida formalmente, em 1975, entre as ditaduras militares do Brasil, da Argentina, do Chile, Paraguai, Uruguai e da Bolívia para vigiar e até eliminar opositores. Para tanto, a CNV formalizou, na segunda-feira (17), a criação de um grupo de trabalho (GT) específico para tratar da questão.
A Ordem dos Advogados do Brasil seção Minas Gerais (OAB-MG) pediu nessa segunda-feira (17) à Comissão da Verdade, em Brasília, nova apuração sobre a morte do ex-presidente Juscelino Kubitschek, em acidente automobilístico no quilômetro 165 da Rodovia Presidente Dutra, próximo a Resende (RJ), em 22 de agosto de 1976.
A Comissão da Verdade oficializou nesta segunda (17) que suas investigações alcançarão somente as violações aos direitos humanos praticadas por agentes do Estado, ou a serviço da ditadura militar (1964-1985). A decisão, publicada no Diário Oficial, diz que o grupo elucidará abusos (como assassinatos, torturas e desaparecimentos) praticados "por agentes públicos, pessoas a seu serviço, com apoio ou no interesse do Estado".
Em resolução unânime publicada no Diário Oficial desta segunda-feira (17/9), integrantes da Comissão da Verdade oficializaram a decisão de que serão investigadas as violações de direitos humanos – a exemplo de tortura, desaparecimento e mortes – praticadas pelos agentes de Estado. Estão excluídos atentados ou supostas mortes de responsabilidade de opositores do regime militar.
Na semana passada, ao ler no site da Folha a notícia “Justiça determina abertura de ação penal contra militares por crimes na ditadura”, atravessou o meu espírito uma reprovação. Já no primeiro parágrafo se anunciava:
Por Urariano Mota
A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) anunciou a realização de audiência pública para debater as denúncias de que a morte do educador Anísio Teixeira foi assassinato cometido por agentes da ditadura militar. O requerimento de autoria da deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) , também assinado por Jandira, solicitando a audiência foi aprovado nesta quarta-feira (5) na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados.
A decisão judicial de processar criminalmente militares envolvidos em mortes e desaparecimentos na Guerrilha do Araguaia deverá abrir caminhos para que outras responsabilidades sejam apuradas, disse nesta sexta-feira (31) a representante da Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos de São Paulo, Criméia Almeida, ao participar de debate sobre o atendimento às vítimas da violência do estado no Brasil e Argentina, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.
O mais importante processo da história brasileira está sendo levado adiante pela Comissão da Verdade, independente de que seja apenas uma condenação moral e política da ditadura e de todos e tudo que esteve vinculado a ela.
Por Emir Sader, em seu blog
Jornalista renomado e autor de livros premiados sobre a sua área de atuação, Bernardo Kucinski estreia na ficção com K., romance finalista nos prêmios Portugal Telecom e São Paulo de Literatura. A obra, que já está sendo traduzida para outras línguas, será lançada em Brasília (DF), nesta quinta-feira (30), às 20 horas, no Centro Cultural de Brasília.
A Comissão da Verdade da Câmara Municipal de São Paulo aprovou a convocação do coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra, ex-chefe do Doi-Codi, principal órgão de repressão da ditadura militar (1964-85).
A Comissão Nacional da Verdade entra em seu quarto mês de funcionamento com seus sete membros divididos em três frentes para acelerar os trabalhos. A comissão tem, em princípio, o prazo de dois anos para entregar um relatório sobre as violações aos direitos humanos cometidos pelos agentes do estado, e um dos objetivos é relatar caso a caso os cidadãos mortos e desaparecidos pela ditadura militar de 1964 até 1985.