O Diário Oficial da União publica hoje a Resolução nº 1 da Comissão da Verdade que estabelece o seu regimento interno. A norma, que está em vigor desde 2 de julho, detalha regras de organização e funcionamento de acordo com a Lei nº 12.528/2011 que criou a comissão.
Encerrando o terceiro dia do 11º Congresso Nacional, a CUT realizou um ato simbólico de apoio à Comissão Nacional da Verdade. Os delegados e delegadas aprovaram por unanimidade um requerimento entregue pelo presidente da Central, Artur Henrique, ao representante da Secretaria Nacional dos Direitos Humanos, Gilney Viana, que o encaminhará à presidenta da República, Dilma Rousseff.
Em entrevista exclusiva concedida à rapdio Vermelho, Aldo Arantes, que é secretário Nacioanl do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e membro do Grupo de Trabalho Araguaia (GTA), afirmou que não tem sentido as Forças Armadas não abrirem as informações sobre o que aconteceu no Araguaia. "Houve uma operação limpeza e o GTA quer descobrir como essa operação se deu", denunciou Arantes.
Em entrevista a Rádio Vermelho durante evento no Memorial da Resistência de São Paulo, secretário Nacional de Justiça do Ministério da Justiça, Paulo Abrão, falou sobre a importância de se vencer a cultura do silêncio e entender o que foi o período da ditadura militar. Além disso, destacou a contribuição dos comunistas que tombaram durante a Guerrilha do Araguaia.
No domingo 1º de julho, o jornal Diário do Amazonas trouxe uma crônica de ampla repercussão na internet: o compositor gaúcho Lupicinio Rodrigues teria sido preso e torturado pela ditadura durante meses a fio por manter amizade com João Goulart e Leonel Brizola. Suas unhas teriam sido arrancadas para impossibilitá-lo de tocar violão.
Por Cynara Menezes*, na Carta Capital
A Comissão da Verdade vai se reúne nesta terça-feira (10) com o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, para esclarecer fatos relacionados a direitos humanos que possam ter ocorrido no exterior. O encontro está previsto para as 16 horas, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).
O episódio Carlos Alberto Brilhante Ustra, que numa primeira instância foi condenado a indenizar em R$ 100 mil a família do jornalista Luis Merlino, assassinado no DOI-Codi de São Paulo, provocou uma grande contradição.
Por Mário Augusto Jakobskind*, no Direto da Redação
Seminário Internacional sobre Operação Condor será realizado na Câmara dos Deputados na próxima semana, entre os dias quatro e cinco de julho com representantes da Argentina, Chile, Uruguai, Paraguai e Estados Unidos. O evento pretende trazer ao Brasil jornalistas, parlamentares e pesquisadores para debater a ação conjunta organizada pelos governos militares na América do Sul entre as décadas 1960 e 1980.
Em depoimento à Comissão Nacional da Verdade, o ex-delegado do Departamento de Ordem Política e Social (Dops) Cláudio Guerra, reafirmou os crimes que cometeu durante a ditadura militar (1964-1985). Entre as denúncias, relatadas no livro Memórias de uma Guerra Suja, está a incineração de corpos de militantes de esquerda na Usina Cambaíba, em Campos dos Goytacazes, no norte do Rio de Janeiro.
A Comissão Nacional da Verdade não vai convocar a presidenta da República, Dilma Rousseff, para depor sobre as torturas que sofreu quando estava presa no período da ditadura militar. Na semana passada, documentos divulgados pelos jornais Correio Braziliense e Estado de Minas, revelaram o depoimento prestado por Dilma em 2001, no qual ela descreve as sessões de tortura às quais foi submetida em 1972, em Juiz de Fora, Minas Gerais.
Sob sigilo, a Comissão da Verdade colheu seu primeiro testemunho de um agente público que atuou para a ditadura militar (1964-85). Harry Shibata, médico legista que atuou no IML (Instituto Médico Legal) de São Paulo nos anos 1970, foi ouvido na semana passada por integrantes do colegiado no Centro Cultural Banco do Brasil, no centro da capital.
O secretário nacional de Justiça, Paulo Abrão, disse nesta quinta (14) que o Ministério Público poderá ajuizar ações com base no material que será produzido pela Comissão Nacional da Verdade, que investiga violações de direitos humanos ocorridas durante a ditadura militar. Atualmente, o Ministério Público Federal em São Paulo (MPF-SP) tenta processar o coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra e o delegado de Polícia Civil Dirceu Gravina pelo sequestro de um líder sindical em 1971.