A reunião plenária anual da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (Enccla 2015) será realizada esta semana – 18 a 21, na cidade de Teresina, no Piauí. Esse será o 12º encontro da Enccla, formada em 2003 como objetivo de articular órgãos, entidades públicas e sociedade civil para atuarem na prevenção e no combate à corrupção e à lavagem de dinheiro.
Os colunistas de plantão a serviço da mídia colonizada e seus representantes nos partidos que os representam têm dito e escrito que a campanha de Dilma e o PT estariam usando como armas de campanha a desconstrução da imagem dos adversários.
Por Geraldo Galindo*, especial para o Vermelho
No discurso que deu início à 22a Conferência Nacional dos Advogados, na noite de segunda-feira (20), no Rio de Janeiro, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinicius Furtado Coêlho, clamou aos milhares de presentes ao evento empenho na realização de uma reforma política democrática no país e no combate sistemático à corrupção, duas bandeiras empunhadas pela OAB em sua luta pelo aperfeiçoamento das instituições republicanas.
“Combater a impunidade, doa a quem doer” é o compromisso de campanha da presidenta Dilma Rousseff, candidata à reeleição. E ela tem moral para falar sobre o assunto, pois esse combate já acontece na prática. O governo do PT e aliados deixaram o passado de engavetador geral da República, promovido pelo governo do tucano de Fernando Henrique Cardoso, e passou a investir na Polícia Federal, aumentando seu orçamento de R$ 1,8 bilhão para R$ 4,7 bilhões.
A violência do debate eleitoral no momento causa perplexidade aos jovens de idade semelhante aos que tenho em casa, que talvez acompanhem pela primeira vez, “ligados” de verdade, uma campanha eleitoral dessa importância para o país. Especialmente em São Paulo, a grande imprensa produziu um verdadeiro clima de guerra civil midiática em torno desta eleição, desinforma o quanto pode, confunde e manipula.
Por Sidney Chalhoub, historiador e professor da Unicamp
O jornalista Elio Gaspari na sua coluna deste domingo (19) no jornal Folha de S.Paulo, presta uma serviço à memória nacional e relembra o que foram os escândalos tucanos citados por Dilma Rousseff nos últimos debates. Diferentemente do que acontece na gestão de Dilma, na qual as denúncias que surgem são investigadas e os culpados são punidos, nas gestões do PSDB os escândalos são, tradicionalmente, colocados debaixo do tapete.
Os mecanismos de controle governamental do país, responsáveis por identificar irregularidades e desvios, estão muito melhores atualmente que no passado, mas a população ainda é pouco engajada nessas questões. “Eu diria que a população está desacreditada [do combate à corrupção]. Os jovens não se empenham suficientemente”, disse o diretor do Instituto Auditores Internos do Brasil, Paulo Gomes.
No Afeganistão, na véspera da retirada das tropas da coligação, tornou-se conhecido um novo escândalo com as forças de retaguarda norte-americanas. Constatou-se que foram “jogados no lixo” quase 1,5 bilhões de dólares dos impostos dos cidadãos norte-americanos.
Por Boris Pavlischev, na Voz da Rússia
Desbaratada pela PF, a quadrilha ligada a coordenadores da campanha do tucano Aécio Neves em Pernambuco também montou um esquema criminoso de superfaturamento nas obras da refinaria Abreu e Lima, em Ipojuca. Entre os envolvidos estão o tesoureiro tucano Geraldo Cisneiros e o ex-deputado federal pelo PSDB Bruno Rodrigues, agora no PSB.
O envolvimento em corrupção ou improbidade administrativa resultou na expulsão de 3.370 servidores federais de 2003 até quinta-feira (16). Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (17) pela Controladoria-Geral da União (CGU). Abandono de cargo, inassiduidade ou acumulação ilícita de cargos são motivos que vêm a seguir, com 1.107 dos casos.
O PT apresentou três requerimentos, nesta quinta-feira (16), pedindo esclarecimentos sobre a destinação de verba pública do Governo de Minas Gerais a emissoras de rádio e jornal da família de Aécio Neves.
Inquéritos e ações penais relativos às práticas de peculato, concussão, corrupção ativa e passiva – crimes que envolvem malversação do patrimônio público – podem ter andamento mais rápido na Justiça. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado tem pauta o projeto de lei do senador Humberto Costa (PT-PE) que não só garante prioridade ao julgamento desses processos, como estabelece regras para a obtenção de provas.