Em clima de pré-recesso a comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) do MST realizou sua primeira reunião hoje (9) que serviu para definir, por aclamação – já que existia um acordo entre os líderes – a presidência e a relatoria. Coube ao senador Almeida Lima (PMDB-SE) a presidência, e o deputado Jilmar Tatto (PT-SP) ficou encarregado de relatar os trabalhos que só devem ter início efetivo no próximo ano.
A bancada do PT na Câmara dos Deputados resolveu dar o troco na senadora Kátia Abreu (DEM-TO) pela criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigará os repasses de verba federal a cooperativas ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Ontem, por telefone, Paulo Henrique Amorim entrevistou o pequeno proprietário rural Juarez Vieira Reis, de Campos Limpos, Tocantins. Juarez reafirmou que a união do poder Executivo e do Judiciário de Tocantins o obrigou a abandonar as terras em que vivia com a família desde 1955, sem receber um tostão. O beneficiário da intervenção foi a então deputada e presidente da associação rural de Tocantins, a hoje senadora Kátia Abreu (DEM-TO).
O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) e a senadora Kátia Abreu (DEM-TO) apresentam nesta terça (20) à Mesa do Congresso o requerimento de instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar o repasse de recursos públicos para o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), disse nesta quarta-feira (14) que não irá convocar sessão do Congresso apenas para a leitura do requerimento de criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar repasses de recursos públicos ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Para ele, é preciso também que haja matérias para discussão e votação em plenário.
Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo o economista e líder sem-terra afirma que pedido de abertura de CPI por parte de congressistas da oposição tem motivação eleitoral.
Os partidos de oposição querem reapresentar, na próxima terça-feira (13), requerimento para criação de nova Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do MST. Desta vez, eles querem investigar ações violentas atribuídas ao Movimento, a partir do episódio do corte de pés de laranjas da empresa Cutrale no interior de São Paulo. A CPI abortada na semana passada com a retirada de assinaturas dos deputados era para investigar o repasse de recursos públicos ao MST.
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) divulgou nota, nesta terça-feira (7), para agradecer “a todos que manifestaram sua solidariedade com nosso Movimento, e contribuíram para denunciar o atentado contra a democracia promovido pelos setores reacionários do país.” A nota faz referência ao arquivamento da CPI mista do MST proposto pela oposição no Congresso.
A oposição demonstra estar muito empenhada em instalar uma CPI que possa servir aos seus propósitos de montar um palco para o embate político com o governo visando as eleições de 2010. Uma semana depois da CPI mista do MST ter sido “abortada”, com a retirada de assinaturas dos deputados do requerimento, na Câmara e no Senado, a oposição anuncia novas investidas nesse sentido.