A política externa da administração Obama sofreu sua pior derrota em cinco anos no último domingo (16), quando o povo de Crimeia votou esmagadoramente para rejeitar o governo repleto de neonazistas que tomou o poder em Kiev, com o apoio de Washington, e para fazer parte da Federação Russa.
Por Mike Whitney, na Counterpunch
Em meio ao caos existente na Ucrânia, os Estados Unidos e o Reino Unido planejam para este verão (hemisfério norte) realizar os exercícios militares multinacionais ‘Rapid Trident’, parte do programa anual da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no território ucraniano.
O chanceler russo, Serguei Lavrov, afirmou nesta quinta-feira (20) que o processo jurídico para a adesão plena da Crimeia e de Sebastópol como novos sujeitos territoriais da Federação da Rússia será completado esta semana.
A Duma de Estado (câmara baixa do parlamento da Rússia) ratificou nesta quinta-feira (20) o acordo bilateral sobre a integração na Federação Russa de duas novas unidades administrativas – a República da Crimeia e Sebastópol, cidade de âmbito federal, celebrado em 18 de março, em Moscou.
Apesar do aumento das tensões entre Washington e Moscou, o presidente norte-americano, Barack Obama, descartou na última quarta-feira (19) a possibilidade de que os EUA entrem em guerra com a Rússia por conta das questões sobre o território da Crimeia. Contudo, horas antes, foi revelado que o destroier da Marinha norte-americana iniciou manobras militares no Mar Negro.
Ressaltando que o imperialismo não recua perante nenhum crime, o dirigente do Partido Comunista Português analisa o pano de fundo histórico da crise na Ucrânia.
Por Albano Nunes, no jornal “Avante!”
Um quartel-general da Marinha da Ucrânia, em Sebastopol, foi ocupado por uma multidão de moradores desarmados da região, que começaram a expulsar as tropas ucranianas ali alojadas.
A decisão de expulsar a Rússia do G8 não foi aceita, afirmou nesta terça-feira (18) a chanceler alemã, Angela Merkel, contrariando o que afirmou anteriormento o presidente da França, François Hollande.
O primeiro-ministro interino da Ucrânia, Arseni Yatsenyuk, afirmou nesta terça-feira (18) que o conflito na península da Crimeia entrou na fase militar, depois de disparos de forças russas contra soldados ucranianos.
O presidente Vladímir Putin qualificou hoje como "cinismo aberto" a dupla moral dos Estados Unidos em sua recusa a reconhecer a independência da Crimeia, enquanto justifica a separação unilateral de Kossovo com relação à Sérvia.
O ministro russo de Relações Exteriores, Serguei Lavrov, disse que a crise Ucrânia/Crimeia foi “produzida artificialmente, por motivos puramente geoestratégicos”. Acertou.
Por Neil Clark*, Russia Today
Em discurso nesta terça-feira (18) o presidente russo, Vladmir Putin, afirmou que a "Crimeia sempre foi e seguirá sendo parte de seu país". Ele se reuniu com parlamentares russos no Kremlin para anunciar sua decisão sobre a união territorial da Crimeia, que aprovou sua incorporação à Rússia em um referendo no último domingo (16).