Vídeo do circuito interno de Escola Nacional Florestan Fernandes, que oferece cursos de formação para movimentos sociais, mostra policiais armados e invadindo a entrada da sede da escola nesta sexta-feira (4). A operação de guerra contra 250 pessoas, entre alunos, crianças e educadores, resultou em violência desmedida contra funcionários da escola e comunidade que resistiram à truculência da polícia. A escola fica no município de Guararema, a 70 km da capital paulista.
Por Railídia Carvalho
Dando sequência a onda de criminalização dos movimentos sociais do governo Temer, a Polícia Civil emitiu 26 mandados judiciais e prendeu 8 militantes do Movimento sem Terra (MST) nesta sexta-feira (4), além de invadirem a Escola Nacional Florestan Fernandes a tiros, localizada em Guararema, São Paulo. A ação, batizada de "Castra", ocorre também em Quedas do Iguaçu, Francisco Beltrão e Laranjeiras do Sul, no Paraná e no Mato Grosso do Sul.
O grave cenário de assassinatos, violência e criminalização em Rondônia leva os membros do Comitê Brasileiro de Defensoras e Defensores de Direitos Humanos a encaminhar, nesta segunda-feira, uma Ação Urgente à ONU para que intervenha junto ao Estado brasileiro, exigindo que medidas sejam tomadas para modificar a situação.
Em nota, o MST rebate o editorial do jornal O Estado de S. Paulo publicado na última segunda-feira (24) sobre o julgamento, pela Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), do habeas corpus impetrado em favor do geógrafo e militante do MST, Valdir Misnerovicz, que ficou preso em Goiás desde 31 de março.
A sexta turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu na tarde desta terça-feira (18) habeas corpus ao geógrafo e militante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Valdir Misnerovicz, preso desde o dia 31 de maio em Goiânia. De acordo com o advogado do MST, Allan Hahnemann, o ministro presidente da sexta turma, Rogério Schietti declarou durante o voto que “lutar por uma causa social não é crime”.
Por Railídia Carvalho
O Comitê Goiano de Direitos Humanos Dom Tomás Balduíno realiza nesta terça-feira (18), às 14h, uma vigília pela liberdade dos três presos políticos do estado de Goiás. São eles Luís Batista Borges, José Valdir Misnerovicz e Lázaro Pereira da Luz.
O jornal O Estado de São Paulo publicou nesta terça-feira (20), um editorial preconceituoso, que destila ódio de classe e afronta a honra de todos os trabalhadores do Sistema Petrobras, sejam eles da ativa ou aposentados. Um texto que confirma a relação íntima e promíscua da velha mídia brasileira com a atual gestão da petrolífera no projeto de desmonte da empresa.
Está em curso no Brasil um persistente processo de criminalização contra os movimentos sociais e o seu objetivo é bloquear a luta por direitos. Se por um lado as forças conservadoras, representadas pelo agronegócio e a mídia tradicional, continuam mantendo a escalada da violência que afeta principalmente a população de baixa renda do campo e das cidades; por outro lado esta mesma violência vem travestida em nova roupagem, onde o Judiciário vem desempenhando um triste papel.
Em artigo publicado no portal Sul21, o jurista Carlos Frederico Barcellos Guazzelli*, defensor público por 35 anos, professor e militante dos direitos humanos anuncia sua desistência da advocacia, mas diz que não pode se ausentar do debate neste momento e que deixa para os mais jovens a "tarefa imprescindível" de defesa dos valores do direito, "com razão e humanismo". E anuncia: o "Golpe que feriu de morte a democracia e a república", prepara o caminho para as violações – que virão logo!"
Para especialistas, norma que recentemente foi utilizada para indiciar integrantes do MST e manifestantes secundaristas abre precedentes perigosos.
Por Ingrid Matuoka para Carta Capital
A luta pela reforma Agrária no Estado de Goiás conseguiu suspender a reintegração de posse no terreno da Usina Santa Helena. O Tribunal de Justiça de Goiás decidiu acatar nesta segunda-feira (8) recurso do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Cerca de mil famílias estão acampadas no local desde 31 de julho. Os trabalhadores reivindicam o assentamento de 6.500 famílias e protestam contra a prisão de dois integrantes do Movimento.
Na opinião do coordenador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra de Goiás, Gilvan Rodrigues, não existem motivos para Luiz Batista e Valdir Misnerovicz estarem presos. “Isso na verdade é arbitrariedade do Judiciário goiano”, declarou. O MST aguarda a publicação da decisão do Tribunal de Justiça do Estado, que negou o habeas corpus aos militantes do movimento, para recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Por Railídia Carvalho