Em mais uma declaração que demonstra o descontrole e a falta de uma política estadual para a juventude, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), defendeu que adolescentes que cometerem crimes graves fiquem mais tempo internados e possam ser até transferidos para presídios. Ele defende a transferências dos jovens infratores para áreas especiais em presídios ao completarem 18 anos.
A Universidade de São Paulo, campus Leste, realiza nesta quarta-feira (28) às 10 horas, o debate “Existe Amor em SP! A violência em São Paulo”, no Anfiteatro 2 do Ciclo Básico. Participam do evento a deputada estadual Leci Brandão (PCdoB-SP) e o presidente da União Estadual dos Estudantes (UEE-SP), Alexandre Silva, o Cherno.
Demorou, mas caiu a ficha do governador Geraldo Alckmin, que decidiu trocar o comando da Segurança Pública em São Paulo no momento em que a guerra entre a PM e o PCC já estava fugindo ao controle, deixando mais de 300 mortos.
Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho
Fernando Grella Vieira tomou posse da secretaria de Segurança Pública de São Paulo na manhã desta quinta-feira (22). Durante a cerimônia de posse, declarou que ações contra o crime e respeito aos direitos humanos podem estar juntos. "(É preciso) desfazer a noção equivocada de que o combate firme ao crime e o respeito aos direitos humanos são excludentes. Não são", disse o novo secretário. No entanto, é preciso mudanças imediatas que transfiram as ações do discurso à prática.
A onda de violência que assola São Paulo fez uma nova vítima: o Secretário de Segurança Pública, Antônio Ferreira Pinto. Ele entregou o cargo nesta quarta-feira (21) ao governador Geraldo Alckmin, que convocou o ex-procurador de Justiça Fernando Grella Vieira para substituí-lo.
Ao menos 14 pessoas foram baleadas e cinco delas morreram na Grande São Paulo, entre o final da noite de domingo (18) e a madrugada desta segunda-feira (19). Nenhum suspeito pelos crimes foi preso.
O Conselho Municipal da Juventude da Cidade de São Paulo aprovou na quinta-feira (8) documento em que repudia a política de segurança do governo do Estado. O texto, referendado pelas 34 entidades e organizações que compõem o conselho, destaca a ação sistemática de extermínio da juventude.