O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou nesta sexta-feira (7) para cerca de 400 representantes sindicais alemães e convidados internacionais no congresso do sindicato alemão de metalúrgicos, o IG Metall, em Berlim. Num discurso de improviso, Lula recordou sua trajetória política, de sindicalista a presidente da República e lembrou que o movimento sindical alemão sempre foi muito solidário com os trabalhadores brasileiros, desde a época das grandes greves do ABC nos anos 80.
Em entrevista, o historiador Eric Hobsbawm apresenta sua avaliação as origens, efeitos e desdobramentos da crise mundial. Desde que sua magnitude se fez sentir, com seus capítulos ambiental, climático, energético, alimentar e, por fim, econômico, acadêmicos, sociólogos, economistas, políticos e lideranças sociais procuram entender e explicar suas causas, e analisar e prever suas consequências.
O fraco resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre deste ano reforçou a percepção de que o crescimento médio da economia nos primeiros dois anos do governo Dilma Rousseff ficará abaixo de 2%, inferior à expansão de 4,5% observada anualmente entre 2004 a 2010.
Saiba como vivem os moradores da cidade espanhola de Marinaleda, na província de Sevilha, onde a taxa de desemprego fica abaixo de 4% – situação bem diferente do resto do país, que sofre com a crise econômica.
Tenho lido que o receituário que prega corte de gastos governamentais e aumento de impostos para reduzir o déficit público de países como a Espanha, Itália e Grécia terão apenas como resultado o prolongamento da recessão na Europa. Esse diagnóstico, em estando correto, é um golpe e uma derrota à lógica neoliberal.
Por Pedro Benedito Maciel Neto*
Em dois sentidos, pelo menos, o sociólogo norte-americano Immanuel Wallerstein parece disposto a contrariar as ideias que ainda predominam sobre a crise iniciada em 2007. Primeiro, no diagnóstico do fenômeno. Para ele, estamos diante de algo muito mais profundo que uma mera turbulência financeira.
A presidenta encontrou na Espanha uma janela de oportunidade para reforçar seu protagonismo (e também do Brasil) na cena internacional. No momento em que as políticas fiscais da chanceler alemã Angela Merkel mostram sinais de esgotamento em todo o Velho Continente, Dilma levou uma nova mensagem econômica, que pode transformá-la no contraponto necessário aos tempos atuais
É oficial: a Zona do Euro está em recessão, pela segunda vez em três anos, ao registrar uma queda do PIB (Produto Interno Bruto) de 0,1% no terceiro trimestre deste ano, segundo os dados publicados nesta quinta-feira (15) pelo escritório de estatísticas europeu, que também confirmou recessão na Espanha. No país, o PIB retraiu 0,3% no terceiro trimestre.
Depois de visitar Espanha e Grécia, Merkel estará em Portugal na próxima segunda-feira. Não somos dos que, para aligeirar responsabilidades domésticas, atiram para cima da chanceler todos os males do mundo e as muitas amarguras que atingem o nosso povo.
Por Vasco Cardoso, no jornal Avante!
As próximas semanas serão marcadas por inúmeros protestos em toda a Europa. Ao ver seu sistema de bem-estar social se esvair diante da crise internacional e da postura conservadora de seus governos, a população europeia sairá às ruas durante o mês de novembro para se posicionar de maneira firme contra as medidas de “austeridade” que vêm sendo tomadas há mais de um ano.
O economista Francisco Louçã, defendeu nesta sexta-feira (2), que “a única salvação da economia contra a bancarrota é reduzir na única despesa cuja redução não provoca crise e não cria desemprego nem reduz os salários e as pensões das pessoas” e “essa despesa que tem que ser reduzida é a dívida”, porque ela é “excessiva e abusiva”.
No fim de semana a chanceler Angela Merkel pediu mais 5 anos de austeridade à Europa que, por sua vez, se prepara para mais dias de convulsão. Neste começo de semana o Parlamento grego vota mais uma fatia (13,5 bilhões de euros) do pacote de cortes imposto ao país como condição para continuar a receber a “ajuda” da UE – “ajuda” cuja maior parte apenas transita por Atenas em direção aos credores internacionais.
Por Flávio Aguiar, direto de Berlim.