Este orçamento foi apresentado numa altura em que o mundo inteiro se encontra num estado de agitação econômica. A crise econômica que teve a sua origem na parte final de 2007 nos EUA, cidadela do capitalismo, arrastou toda a União Europeia e alastra agora os seus tentáculos ao mundo inteiro.
Por D.E.W. Gunasekara*, em ODiario.info
O Prêmio Nobel de Economia 2001, Joseph Stiglitz, elogiou nesta sexta-feira as políticas macroeconômicas aplicadas pela Argentina, que permitiram ao país deixar para trá o que o economista chamou de "resultados desastrosos" provocados pela aplicação das receitas do FMI.
Em uma conturbada reunião de mais de 10 horas de duração em Bruxelas, capital da Bélgica e sede da União Europeia, representantes de 23 países do grupo acertaram algumas regras que supostamente serviriam para resgatar a região da crise que assola as suas economias. Quatro países, no entanto, se recusaram em um primeiro momento a participar da adoção das medidas antipopulares acertadas no encontro.
Os dirigentes da União Europeia reúnem-se nesta quinta-feira (8) em Bruxelas, para mais uma cúpula cercada de grandes perigos, com divergências de fundo entre os seus principais integrantes.
A crise das dívidas soberanas tornou-se o “cavalo de Tróia” capaz de destruir efetivamente o Estado social no núcleo orgânico do pólo desenvolvido do capitalismo global. Os mercados financeiros impõem o ajuste neoliberal na União Européia. O Estado de Bem-estar social deve se transformar em Estado de Austeridade Social sob direção da disciplina fiscal a serviço dos interesses do capital financeiro globalizado.
Por Giovanni Alves*
Vacilante, a democracia faz triste figura e tende a naufragar, contra o pano de fundo de um bipartidarismo institucionalizado a serviço dos rentistas.
Por Jérome Duval*
A crise de dívida na zona do euro vai continuar a prejudicar o comércio e o crescimento econômico dos países africanos por causa da dependência do continente da exportação para os mercados europeus, afirmou o diretor da Organização Mundial do Comércio (OMC) neste sábado (3).
A crise financeira limitou profundamente o papel do Conselho Econômico e Social de Portugal, que foi uma das primeiras vítimas da hecatombe financeira que começou pelas as nações mais frágeis da União Europeia. "Nós estamos numa situação de ocupação, imposta pela troica FMI, BC Europeu e União Europeia", afirmou o dirigente sindical Manuel Carvalho da Silva, da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses.
Por Maria Inês Nassif (*)
Letônia e Irlanda são amiúde apontados como dois "bons" exemplos de que as políticas de austeridade permitem a curto ou médio prazo sanear a economia e retomar o crescimento. Mas será assim?
A onda de manifestações na Europa em protesto às medidas de austeridade adotadas pelos governos em resposta à crise econômica internacional atingiu nesta sexta-feira (2) a Bélgica. Em Bruxelas, a capital belga, os principais sindicatos convocaram uma greve geral. A paralisação ocorre no momento em que o novo primeiro-ministro belga, Elio Di Rupo, assume o poder, depois de um ano e nove meses de governo provisório.
Uma nova geração de britânicos redescobriu a greve geral, na quarta-feira (30). Depois de três décadas em que essa prática havia quase desaparecido, entre 1 e 2 milhões de funcionários públicos paralisaram o trabalho, em protesto contra a reforma da previdência e as medidas de austeridade. É a maior greve geral desde janeiro de 1979.
O desemprego duradouro nos Estados Unidos tem forçado famílias inteiras a morar dentro de carros, mostra o programa "60 Minutes", da rede de televisão norte-americana CBS. Em apenas uma escola na Flórida, a reportagem encontrou 15 crianças que moram em veículos. Uma delas, de oito anos, vive com os pais, dois cachorros e um gato dentro de um carro.
Por Sílvio Guedes Crespo, do Estadão