Quando principiou a segunda década do século 21, a economia estadunidense não se recuperara da Grande Recessão iniciada em Dezembro de 2007. O fracasso da recuperação econômica verificou-se apesar do maior estímulo fiscal e monetário da história do país.
Por Paul Craig Roberts*
Na madrugada de sábado, logo após a aprovação na Câmara – e rejeição no Senado, de maioria democrata- do tal plano republicano de elevação do limite da dívida em perto de US$ 1 trilhão, em troca de cortes orçamentários de US$ 917 bilhões, ao longo de 10 anos, a gente comentou aqui que isso não era nada.
Os mercados fazem gato e sapato de Obama. Depois do acordo fiscal leonino imposto ao democrata, que penaliza os pobres e poupa os ricos, precificam a instabilidade política e o agravamento recessivo que isso acarretará derrubando as bolsas de todo o mundo nesta 2º feira, horas antes da votação do pacote orçamentário.
A crise americana está longe de ser resolvida. Contudo, o Congresso dos Estados Unidos votará nesta segunda-feira (1º) um acordo preliminar entre republicanos e democratas que determina cortes nos gastos governamentais e a elevação do teto da dívida pública norte-americana, atualmente em US$ 14,3 trilhões. O governo está ameaçado de ter dificuldades para honrar parte da dívida.
O Senado americano bloqueou neste domingo (30) a tentativa do líder democrata, Harry Reid, de colocar sua nova proposta sobre o aumento do teto da dívida dos Estados Unidos em votação para evitar que o país entre em default (suspensão de pagamentos), ao atingir o limite de seu endividamento na terça-feira.
As famílias dos Estados Unidos perderam 28% de sua riqueza durante a crise econômica, sendo que um terço delas tiveram suas economias totalmente dizimadas. E a diferença dos níveis de riqueza entre brancos e negros e hispânicos aumentou. Essas são as conclusões de uma pesquisa realizada pelo instituto de pesquisa Pew Research Center, divulgada pelo site World Socialist.
O Senado americano –controlado pelos democratas– está reunido neste domingo para discutir e votar uma nova proposta do líder democrata da Casa, Harry Reid, para aumentar do teto da dívida dos Estados Unidos e evitar que o país entre em default (suspensão de pagamentos).
O problema da política dos EUA é o extremismo republicano; se você não se dispõe a
escancarar isso, ajuda a agravar o problema
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, tentou neste sábado (30) transmitir algum otimismo às negociações entre democratas e republicanos sobre o teto de endividamento do país, afirmando, em mais um pronunciamento, que os dois partidos não estão “tão longe um do outro”.
Não adiantou o apelo à campanha vitoriosa de 2008 nem a convocação do tuitaço para pressionar os adversários no Congresso a aprovar a elevação do teto da dívida, pacote considerado salvador para a economia norte-americana. A semana, para o presidente Barack Obama, terminou de forma ainda mais tensa do que começou.
As presidentes Dilma Rousseff e Cristina Kirchner demonstraram nesta sexta (29) preocupação com a economia global. Em declaração à imprensa, após encontro das duas, Dilma defendeu que os países da América do Sul coordenem respostas conjuntas à situação de crise da economia global nas reuniões de ministros da Fazenda e presidentes de Bancos Centrais da região, previstas para agosto.
Os presidentes dos países da União de Nações da América do Sul (Unasul) decidiram realizar uma reunião de ministros da Economia sobre a crise econômica internacional e assinaram uma declaração contra a desigualdade.